11 de dezembro de 2012

Singing sweet Jackie, please... Won't you come and dance with me?
Às vezes sinto uma enorme sanha porque parece que eu não tô na sua pele como você tá na minha (nada mais irônico que isso). Eu tenho inveja dos seus amigos novos. Tenho inveja do mundo que tem você. Inveja dos discos que você põe pra tocar. Eu fervo e (raramente) choro quando eu lembro da certeza que eu ganhei de que você vai me esquecer em mais alguns meses. Não anos, meses. Da certeza que eu tenho de que, ainda que se lembre, dificilmente algo te trará pra perto. Mas você vai esquecer. Eu disse pra mim mesma que você não é normal, que você é só diferente, só diferente e boa. Mas só você não percebe que é cruel. Só você. Só você mesmo. E você vai me esquecer em mais alguns meses. Meses. Porque é isso que você faz. Vai dando adeus sem dar adeus. Nem dá adeus. Você esquece até de você. Comigo tudo azul, contigo tudo em paz, cidade de merda. Merda. Mas agora você tem amigos novos. Que bom. Odeio seus amigos novos.

Fazer o que, né? C'est la fucking vie.

R.

12 de novembro de 2012

Anunciação

Boa tarde senhoritas! Venho por meio deste comunicar que sei que é foda.
Mas eu amo vocês, e sinto falta. Sinto a (in)diferença nos meios tecnológicos, mas também sei que é passageiro. Ou pelo menos espero, porque sei que do outro lado esta alguém como eu. Era isso. Por favor, não fiquem simplesmente cansadas demais.

Com todo carinho do mundo, Jackie

26 de outubro de 2012

" assim perdemos o tesão pelas palavras pré escritas".

É um fato insuportável. Os tijos que derrubam ao invés de constuir...
Vai-se levando.

R.

16 de outubro de 2012

Semana 1

Escrito 4.10.2012 - 23h59

Já faz uma semana que estive cansada demais pra sentir medo estando sozinha no escuro. Qual a duração de cada lembrança, cada relíquia? Deixei para trás minha caixa, exposta. A quantos perfumes já me apeguei, cabelos caíram sobre meu rosto de tantas formas. Pós dramática, pós deprimida, pós os remédios, aqui jás o romance. Outra pessoa, pós segura, pós acompanhada, pós cuidada. Aqui jás tantas coisas. Com o perdão da palavra, minto aqui ha o mesmo drama e a incapacidade de superar. Pura nostalgia. Percebi hoje como deixei minha pessoa curiosa, interessante e produtiva para trás. Depois de me culpar, deixo de culpar os outros pela perda do critério, da opinião e da vontade. Restou o sono. Me resumo em frases mal concordadas,, exageradas. Sempre aumentamos a água dentro do copo, da vida, não somos otimistas, assim perdemos o tesão pelas palavras pré escritas. Resta esse sono e a ansiedade. And I think of Dean Moriaty.

J

3 de outubro de 2012

Havia um perfil e sua sombra atrás, na parede amarela, omissa pelo PB.
O nariz era nítido, e a sombra convencia.
O perfil deu um passo em retorno, nunca corajoso.
Sua sombra; atrás, fez-se primeiro e único plano.
Assim foi com outros muitos seres-objetos,
e a ideia cumpriu tua colocação.
Quem disse que isso aconteceu?
Cascata!

P.

ameixa

Saltei em papéis de todos e únicos pigmentos,
apenas para lotar as duas palmas de fruta doce, azeda, possuída por membrana frágil.
Devorada, de vingança, escorregou nos meus lábios,
mas só uma língua ligeira firmou o ponto final em tanto ódio frutado.
Agora faz parte de mim.

P.

30 de setembro de 2012

Na minha casa existe um tótem tão grande como a madeira pode dar,
seus frutos corroem a fome e a seiva
podre amamentar
sentado na árvore, num poste, nas vias há de passar uma vez ao menos

Ganhei pães doces e guardei
Mofei. Um ano se passou.
Na minha casa existe um tótem tão grande que foi difícil de familiarizar
Tótem caído.
Um espelho feito de ouro, as vezes reflete um outro feio.
De minhatura.

P.




Quando só X vê Y?

Quando aparece o Z, entre o X e o Y.
Envergando a parábola mental.
Uma criança perde a bola e não está preparada para o "está lá".
Não importa se o Cachorro a aponte.
Uma bola nunca será visível no escuro para uma criança.
Ela precisa de auto identificação.
Identificar-se: Ver-se no espelho e nele muitos outros, apontando para lá, onde a bola...
Escuro é o espelho.
A bola quer o cão e a criança aponta.
Luz
Luz que queres ver
Ladra em penumbra que criança tem medo de careta.
Vista o véu, criança vestida de véu de estar lá, procurando,
um sentido invertido em seu sonho mínimos
Que vai esquecer
Que vai delirar redonda
Como as pontas dos dedos macias
Pra que serve o futuro?
Pra que exista um dia em espera
Enxergando a parábola mental.
Uma criança acha a bola na escuridão
E desafia
e ri, não vê problemas em ver.
Somente a realidade vice e versa.

P.
Sim, você deveria saber ser Yoko Ono naquele momento.
Assumissem, Yoko.

P.
Você e o general tem a roupa muito bonita.
Tão bonitas que parecem estar fardados.
Olhando um para o outro como num espelho de dez anos além.
- Há quem?
- À milhares de nós com adornos bélicos nas vestisses.
- Vestisses?
- A pólvora.
- É o gatilho.

Como é pular o muro de seu próprio lar?
Faça um bom desjejum, tomar o ar.
Brincadeira...

Como é bom!

Deslizar nos sonhos de chocolate brilhante como seus sapatos de maltrapilhos
em busca de sorte, por entre segundos de orgulho
esvoaçante
Sinto turvar tua alma também
vinho seco na garganta rochosa,
devolvendo a uva, retendo o alcool
 Ébrias saudades

 Escalou o caminho horizontal, ele suava os passos

faz tempo que disse que eram boas as tuas vestes .

Condecorações à todos, boas vestes!

P.

1 de julho de 2012

O fim do mundo

Calorada da Belas artes, centenas de pessoas, um galpão, entre tantos Bacos e anjos caidos so de calcinha, um casal se distinguia na multidão, estranhos de roupa social e sueter nas costas: O cara e a loira se beijavam no canto desde que eu tinha chegado na festa. Fiquei imagindando se eram perdidos da engenharia no meio da festa. Mas o mundo não esta assim tão no fim, a loira é um loiro, como todos a minha volta. O capitão codorna estava la, o mario, batman, robin de sunga, zombies, noivas, donas de casa e deuses gregos. O show das Drags, cover de ramones, a venda de calouros, a meia luz nos sofas, talvez fosse o papel sob minha lingua, mas aposto que ninguem sente mais as mãos. Era só o fim do mundo, aiaiai Belas Artes.

A melhor resposta

Um beijo diz mais que mil palavras

26 de junho de 2012

As inseguranças alheias se suprindo, revelarão as minhas?
Como tantas vezes antes, nos vários grandes amores de cada um.
Da-a sua vida.

24 de junho de 2012

Estou com um computador pra quebrar um galho, por enquanto.
Assim que o outro estiver aqui, passo todas as fotos, estão lindas :)

Bisous.
P.

21 de junho de 2012

Babys na correria de conseguir um lugar na unica biblioteca aberta no campus perdi meu celular. Inferno, fiquei despertador e sem trilha sonora

14 de junho de 2012

Ministério da Saude Adverte: Fim de semestre faz mal a saude

" '(...)Maybe, maybe, dear, I guess I might have done something wrong, Honey, I'd be glad to admit it (...)'. Hoje vi os meninos besouros na jukebox, ali, o cabeludinho, tão vivinho. Penso em trabalhar com filmes, talvez seja o melhor modo de preservar esse efêmero. Droga, devia ter contado quantas cervejas foram. Vou jantar e me calo com a boca de feijão..." (BERNARDO, Sarah, 2012, 2h30AM)*

*Estudando Microbiologia


Meus bebes, nessa rotina não tenho tempo pra falar com vocês. Tenho dormido em media de três horas por dia, minhas compras rotineiras se baseiam em redbull,  flying horse, uma lata de leite condensado e um maço de tostados, da melhor cor. Ganhei uns belos quilos, mas estou perdendo na mesmo velocidade, sorte que tenho a Jéh que me faz jantas e me arranca do computador, hoje ela fez batata recheada. Nunca quis tanto uma greve. Preciso deitar na rede de maripora cozinhar cogumelos com vocês. Eu e minha olheira (que esta quase pagando passagem no ônibus) nunca sentimos tanta saudade. Amo vocês demasiadamente.
Att, Jackie

7 de junho de 2012

Pentagram, Morphine, confirma?

'Last Days Here' e 'Cure of Pain'.
Assisti esses filmes ontem na Cine.
Vou internar de novo nas bandas, ó céus.
Assistam :)

1 de junho de 2012

No dia do pagamento, continuei encaixotada feito fruta verde.
Ela veio, eu a guiei.
Vi o tombo de suas lágrimas familiares, e decidi trocar o disco pelo silêncio.
Síndrome do ninho vazio?
Minha nossa...
Como uma das causas, fui sentenciada.
Foi maravilhoso tê-la aqui.
Perdão pelo cigarro, mas você cresceu.
O Shiraz coloriu teus cabelos e pele.
Notei em demora.
Tem os dedos para teclas brancas e pretas, só precisamos consertá-las.
Você presta atenção no que penso e digo. Obrigada, mas posso estar bêbada.
Da próxima vez, não haverá surto relacionado ao da Rainha Elizabeth.

Não desista das lingeries.
Obrigada por beber, e engolir melodias.

P.

E ele me diz



"Linda, esse é o meu Wilson."

21 de maio de 2012

Não posso favorecer em vida a sensação de que estaremos sempre por aqui e por ali, nas paredes de nossos subúrbios, de olho nas sempre verdades: 'mi amas vi'-'boa noite'.
Quero pertinho, pra sentir o cheiro.
A vida continua nua, mas continuo sendo isso;
Pagu...

E amanheça de cabeça dentro dela

Oh, meus farsantes poliglotas.
Deste lado do farol, a ruiva sozinha tocava a velha jukebox duvidosa.
Conversa de bar, botas batidas, como magnetismo os poetas se encontram, juntando as mesas.
O artista declamante, farsante.
"A batida do meu coração", no all star. Azul, que pareço me apegar. "Muito prazer".
A pele marcada de chumbo. Chumbo-branco não matou o velho pintor, mas pesa nas veias do menino. Que belos verdes você tem.
Antigo costume, o bloco de notas. "Você é poeta?" Não, só me esqueço fácil.

Ah, minhas terças-feiras, pós modernistas, amanhecidas mais que duras vocês são.

Hey Pagu!

Meus sapatos faziam barulho, mas achei estranho, você não corria atras de mim.

11 de maio de 2012

azedume

A tampa do quadrado da linha branca que eu despedacei.
O dinheiro que ela diz que agora devo.
O gemido de dor com o qual meu orgulho não me impede de me preocupar.
O travesseiro que eu pus entre as pernas dela.
O meio termo que a gente não encontra.

As coisas que eu quero arrumar.
A procrastinação e preguiça que me contagiaram.
Os braços em que eu costumava me envolver.
O amor e ódio e respeito repentinos e familiares.
A distância.

R.

10 de maio de 2012

Como estão?

Depois da viagem, me desaguei num chão de urina diferente do conhecido. Percorrendo as ruas logo amanhecidas com cheiro de pão e cigarro, esse céu azul me arde os olhos a pouco garoados. Como a avenida é bela de longe! Encontrando a torre, passo a chave enfim certa. Sentindo o chão quente do espaço que agora ficou tão convidativo. Os pingos gelados do chuveiro me escorrem as costas. E então, atrasada, o sushi com torrada na corrida de atravessar a rua, me faz pensar, por ventura, como é bom sair de casa.


2.05.2012 - 6:00 AM
Chegando na capital dos botecos que fecham cedo direto para a aula. Que absurdo.

17 de fevereiro de 2012

"Nós o desintegramos por medo de envelhecer".

Por sermos já anciãs no tempo decorrente.

E é um amor já ancião desde os primórdios.

R.

16 de fevereiro de 2012

Necessidade

Chorei pela ideia de outros olhos te afagando.
Se essa saudade me corta do outro lado da cama, é porque ja não mais me mantenho em mim minha calma. Mesmo que o aperto seja grande, é transpassado, alojado em belas covas. Quando a distancia se multiplica pelo silencio, te puxo da cadeira me encaixando em teus ombros. Me formiga a garganta com essa sensação que conhecemos bem, varias vezes repetidas. Quem diria, a posse assim tão descarada. Eu te amo.



Jack, com saudade

6 de outubro de 2011

this picture

Toda perda de controle é um espetáculo. Nesse caso, tornou-se uma cruzada por toda e qualquer representação fálica, um forte desejo pela natureza criadora djclubiana, pubiana. Representando a Pura Como Um Lírio, tomando conta da inexistente impotência alheia, distorcendo-a — é a não-virgem-não-suicida, injetando gazetridão.
E ainda agora claramente uma matrioshka fora de sua exterior, com seus planos em execução na ausência do empacotado(r).

O que há de errado nessa imagem?

R.

17 de junho de 2011

 Pois sim. Eletricidade geralmente se esvai rapidamente. No retorno dela, quando o LED voltou a funcionar, até
notei alguns pieguismos, mas, ao fim e ao cabo, só pude analisá-los todos tarde da noite (ou madrugada).
 5 semanas. Não consigo evitar me deixar afetar, mesmo sabendo que não passa de besteira e tendo, há tempos, conhecimento de seu complexo.
 Toda a coisa é bem simples — toda tentativa de contato parte de mim e, não obtendo sucesso, não admito passar a me sentir como se tivesse voltado aos meus onze anos.
 Não cortei nenhuma corda, as escalas ainda esperam por você, mas esperam — e só.

R.

No Metrô Santa Cecília, por R.

28 de maio de 2011

Você
Precisa saber de mim
Baby, baby
Eu sei que é assim

Não sei
Comigo vai tudo blue

21 de maio de 2011

amélie poulain e polanski de polainas na polônia

 Não há, ainda, abertura, neste terreno, para o artifício da indiferença — antes houvesse.

 Ele, o artifício, é o dote dos seres que crescem friamente desafeiçoados, ou livremente esclarecidos, sabendo quase desde sempre para onde florescer ou apontar, procurando por mais sol, mais chuva, mais terra; escalando muros e trepando em árvores (vivas e mortas), não afetando-se, engrandecendo-se.

 Aqui, neste terreno, vê-se o aferro, a tenacidade, a constância; não frutos ou fertilizantes: pedregulhos secos e ervas daninhas, porque são súditos da ternura, do afeto e da paixão. Vê-se o mato e o silvado, rasteiros e escassos, não arriscando, sempre murchando, a não ser quando o trovão não distingue o rijo e áspero, no íntimo, frágil, do brando e tenro, deveras possante.

 Não há, ainda, abertura, neste terreno, para o artifício da indiferença — na próxima enxurrada, talvez.

R.
Minha própria mãe me concretizou, abusou. Me transformou.
Minha bioquimica se foi. Antes voava, agora — sujeita a gravidade — eu caio, eu quebro.
Física, eu coexisto. Inerte. Inércia. Inercio.
Em segredo, ela apareceu com meu número. Me numerou. Trabalho.
"Bem vinda ao mundo", ela disse. Que mundo? Agora sou pessoa física. Minha mãe me fez um CPF.

haha J

8 de maio de 2011

Passei por minha casa abandonada.

Agora, Tertulianas sem bar lar.
Cena: R a caminhar distraidamente

Ápice: R avista um automóvel exótico

Conteúdo duvidoso do automóvel (adesivos):
"Cristolândia, um lugar de esperança — só vai quem aguenta"

Conclusão: HÁ!
A última bolacha do pacote quase sempre está amassada.

R.

29 de abril de 2011

Student class hero

Título admissível.
A canção do João não perderia sentido algum, nem sonoramente. rs

P.

18 de abril de 2011

Nova Veia

D - Que veia saltada você tem aqui.
J  - É pra te sentir melhor.


Minha avó acariciando minha cicatriz enquanto se segura em mim.
O que faço na cidade não é mistério.
Quem denuncia o meu desvio, é o cuspe, o bueiro...

[continua]

P.






Meus momentos de curta duração.


R.

9 de abril de 2011

Esse amor não consumado, nos espinha-la o ventre.
Basta respirar, e nosso [meu]  alimento nos entope as veias. Inspira.

5 de abril de 2011

Relato ante avaliação

Estou indo em direção a instituição escolar.
Acho que nunca mais vou terminar um suhsi em um minuto e alguns segundos.
Se eu falhar, vou me exilar (brincadeira), apesar dessa não ser a forma justa de avaliar um ser sem luz.
Façam preces a Bob Esponja, aos deus e desdeuses.
Estou indo preparada, só preciso de minha metralhadora.

Pagu.