31 de agosto de 2010
Tenho Uma Puta Inveja...
Vanishing
eu tambem vi
Sim, beijos podem ser afagos, e certas vezes um afago é melhor que um beijo, mas não dessa vez.
Talvez em momentos de inconsciência mãos sejam preferíveis á bocas.... Mas digo que não, nunca são numa despedida. Por mais dura que isso a torne.
Bocas são bocas.
Mãos são mãos.
Me devem um beijo de boa noite, e o pior, é que eu sei que na realidade jamais o terei.
Beijos perdidos são beijos perdidos.
Foi pouco. Muito pouco.
J.
29 de agosto de 2010
Love Ya CJ
Não era.
Tive de levá-la para enfermaria de qualquer maneira...
R.
28 de agosto de 2010
Os papeis se invertem
Pois é, Nicolau e José não perdoam....
Take it as it Comes
encostada no teu peito,
percebi que meu dedo já se movia,
É meu bem, parece que
tu virastes involuntário.
J
"Before you slip into unconsciousness, I'd like to have another kiss,
another flashing chance at bliss, another kiss."
27 de agosto de 2010
eu vi
A intenção era um beijo, mas houve apenas um afago.
Era pouco.
R.
26 de agosto de 2010
25 de agosto de 2010
Motherfucking Coca-Ditadores
Desconsiderando as questões: "É justo ou não? É ditadura ou não?", eu simplesmente jurava que os candidatos não passavam disso, de piada.
R.
24 de agosto de 2010
Sponge Bob Save The Buskers
Vamos fazer uma lista dos pedidos:
Beatles,
Beatles,
Beatles,
Beatles... O que mais?
Ah! Beatles!
R.
22 de agosto de 2010
E, com vergonha, nego que cheguei a esperar por isso. Estou presa nesse ônibus com os vidros embaciados, me deixando tonta. Esse fenômeno de ver as bocas articulando sem sair som algum é realmente fascinante. Devo estar pálida, pois o "licença" não saiu alto o bastante, mas juro que o falei. Se chorei foi por medo. Medo de esquecer quem sou. No fundo sempre temos medo de ir demais. Do não parar, a falta de controle. Então quando a música acabar — não tenho medo do escuro — mas deixe as luzes acesas, pois quintos andares são sempre evitáveis e algumas facas tem dois gumes.
E, com vergonha, admito que sonhei.
Eu, sendo assim, tão vil e egoísta, sonhei com certa... Morte.
Vil no sentido mesquinho e infame de vileza.
Jackie Tequila
Scrimping Daylight II/III
É a prática de um estilo de vida não-convencional, às vezes em companhia de pessoas envolvidas com música, arte e literatura. Muitos boêmios foram e são artistas, ou aventureiros ou vagabundos de viviam de forma alegre e geralmente à noite.
.
Mais tarde trataremos do fato de que a burguesia era a classe predominante na Boêmia.
.
Perguntei a Caju o que ela pensava da burguesia. "A burguesia fede", ela respondeu.
Então, vamos lá...
Os burgueses eram os habitantes do burgos (dã), vilas rodeadas por muros, e não havia um termo específico para designá-los. Uma palavra para identificar um "Burguês do Sérculo XII" seria simplesmente algo parecido com "mercador" ou "comerciante". Naquela época, era só "Clero, Nobreza e Povo". A burguesia era contituída pelos herdeiros dos vilões; "vilão" deveria significar algo como "habitante de uma vila", mas, misteriosamente, virou desígnio de "pessoa sem caráter" — os nobres os chamavam assim por inveja, medo, ou o que? E também, "Burguês" é coisa do Marx, e só pode ser apropriadamente aplicado depois da Revolução Industrial. Corrijam-me se estiver errada, posso estar falando um monte de baboseiras, precisando de aulas de história de novo, mas, na minha opinião, a Burguesia passa a feder mesmo depois da tal centralização política (união com verdadeiros losers, 2 de Paus, os Reis). Sei que o surgimento da Burguesia (que até o século XVII não era exatamente uma classe social) é a base para o capitalismo, mas, de qualquer maneira, os preceitos do socialismo francês são utópicos demais. A harmonia social, afinal, não passa disso, de utopia.
Tá certo, exagerei e tenho certeza de que falei besteira. Eu só estava tentando defender os Boêmios.
R.
Scrimping Daylight
Hoje, acordei num certo horário que alguns diriam que é cedo. Acordar às dez aos domingos é cedo? Dependendo do ponto de vista, talvez. Eu quase nunca tenho o que fazer aos domingos. Correção: eu quase nunca tenho o que fazer de interessante aos domingos. Parcas são as opções; posso almoçar com os integrantes de uma árvore genealógica que não é minha de verdade e desfrutar de um gosto musical alheio lamentável; posso passar o dia com minha cópia original até descobrir que sou, na verdade, uma cópia muito mal feita e que, de cópia, não temos nada; posso talvez arranjar algo bom para assistir, mas eu sempre alugo tantos filmes de uma vez que, no fim, acabo ficando sem ter o que apreciar — cansei de Hollywood.
Depois de acordar relativamente cedo num domingo, comi umas torradas, fiz meu café e decidi vir para cá, um lugar tão confortável, na maioria das vezes. Acendi meu cigarro, abri meu documentos digitais e, eventualmente, descobri (mais uma vez) que a luz me atrapalha.
Sem a escuridão, fica mais difícil ver o contraste das coisas, ao contrário do que diz a lógica — lógica nunca foi muito do meu forte. À noite, a escuridão leva embora o sentimento de isolamento que me sufoca pela manhã. À noite, minha necessidade de estar conectada com o resto do mundo desaparece mais completamente. À noite, eu enxergo melhor o que durante o dia eu não sou capaz de ao menos pensar com lucidez. À noite, é mais fácil simplesmente ser, enquanto na matina é muito mais fácil ver e, como de costume geral e humano, criticar, apontar, censurar. À noite, que mais importa senão a presença, o calor, as palavras, o toque, ou whatever? Que mais importa senão o ser e simplesmente ser? A claridade é incômoda, proibidora. É previsível demais.
R.
20 de agosto de 2010
Paranoia
— É, não tem sorriso hoje... — disse.
— Não... Hoje é só um olho a lhe observar atentamente.
— Obrigada, Jackie. Você só facilita a minha vida.
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Nunca diga a um paranóico que há um olho gigante a observá-lo do céu. Os pepper sprays tamanho GG ainda não chegaram ao mercado, e ele sabe.
R.
19 de agosto de 2010
Lembra Caju, da nossa única briga?
Eu estava com um pé da mudança interior, e mudanças sempre sussuram: É o começo de uma vida só, de solitária.
Pensava que ninguém se lembrava de mim, que eu acordaria sempre as 7hrs da manhã pra sair sozinha, escrever muitos livros e muitas coisas, enquanto ninguém tivesse conhecimento.
Foi horrível, logo você que sempre evita as brigas, não forçada, é algo seu isso e é lindo...
Você me disse ontem por telefone, que escreveria umas coisas que estão intaladas, pra eu ver depois, mas acho que não escreveu, escreva por favor meu amor.
Você e uma caveira estão se vendo bastante, fico imaginando como os dias ficam lindos com esses encontros, mas sinto uma vontade de estar com vocês, como antes, naqueles dias em que erámos nós três, infelizmente só os três, mas ainda sim, era ótimo.
Será que só eu vou continuar sendo a Viuva Negra de nós quatro? Rs Só eu vou continuar a ter esses Colapsos de Enjoos Involuntários? Rs
- Vocês sushizam demais! – Beber de dia não rola!
Saiba, sinto falta disso.
É a nossa vida aimehob compartilhada, mas Ah, me perdoem druguinhas, por escrever só coisas tristes esses dias.
Essa mudança não sussurou ainda, nao é isso. Não sei o que é.
P.
Um acontecido na Sebo do Messias
Reservei pelo site um livro e fui retirar na loja no dia seguinte.
Um cara que eu já chamei de moça um dia, por estar sem óculos e pensar que o cabelo grande fazia dele uma mulher, me atendeu, e pediu pra eu esperar.
Enquanto isso ele atendia uma moça...Pegou uma revista do Crepúsculo pra ela e disse com um tom galanteador: Crepúsculo...Eu esperava Dostoiévski. E a menina sem entender, riu com ele e deu o cartão para pagar.
Ri com eles, mas por dentro.
Ela foi embora, e ele pegando meu livro disse com o mesmo tom: Você saiu de algum filme do David Hitchsgsjkh? (não entendi quem era e é provável que eu não conheça)
Eu estava adiantada para o trabalho, e eu só precisaria passar pela catedral, andar pela Rua Direita, atravessar o viaduto para chegar...Gosto daquele lugar, os sushis ficam até que bonitos ali, mas "You look pretty in your fancy dress, but I detect unhappiness" estava me perseguindo.
Respondi: Não...
Ele me olhou fundo nos olhos, riu e disse algo com a palavra Perdida.
Respondi novamente que eu não estava Perdida.
- Não, não parece estar perdida, só parece que saiu de um filme do David Hitchsdghgjksd.
Verifiquei minha boca pra ver se estava sangrando...Talvez esse tal de Hitchsagdag gostava de sangue nos filmes, mas não.
- Maria de Andrade, é seu?
- Sim...Dostoiévski é legal. Eu disse, fazendo um positivo.
Ele arregalou os olhos e disse que era sim com um sorriso.
Paguei, tchau, tchau...
P.
18 de agosto de 2010
Pagu,
Mas eu não posso.
Quando eu descobrir como funfa essa bagaça de frequência cerebral, eu passo na sua casa e a gente manda todas elas para a PUTA QUE PARIU.
Odeio todas elas por lhe causarem dor.
E (muito mais que isso) você.
Boa noite, R.
my cool and cold-like old job
"Alô? (Chiado) na escola? Com (chiado) você trabalha? (Chiado) abominamos".
É, não entendi nada. Mas deduzi.
Se é disso, Pagu, que você estava falando, tenho só uma pequena frase, um verso, que não é meu, mas é cabal e vem a calhar:
"Despite all my rage I'm still just a rat in a cage"
Ou, no caso, pra você entender melhor:
"Apesar de toda a minha fúria, ainda sou apenas um rato engaiolado"
Essa música, Bullet With Butterfly Wings, do Smashing Pumpkins, é ótima.
R.
Pena que é uma dose pequena que vai acabar rápido....
Os textos são mais recentes... De um pouco mais de um ano.
"Seja realista, exija o impossível."
Jean-Louis Lebris de Kerouac
"Ontem a noite eu sonhei
que eu era Jack Kerouac
E subi num terraço: rua Houston
E vi as duas torres gêmeas brilhando.
O cabelo louro da menina
As tranças negras do crioulo
A sua guitarrra - a sua angústia calma.
Eu desci
Peguei a minha lata de spray
Sai pela rua, pintei dois olhos verdes nas paredes.
Ontem a noite eu sonhei
que conversava com Jack Kerouac
Ele chegava e me dizia
"Hey Man! eu renasci black
E agora sou um tocador de piston!"
Eu só sei que o som era tão alto que despertou o mundo inteiro
Eu acordei, e saí mandando brasa nas estradas do mundo.
Hey Jack! Bye Bye"
Hey Jackie! Bar, bar!
Letra da última faixa de Essa tal de Gang 90 & As Absurdettes (1983), primeiro álbum da Gang 90.17 de agosto de 2010
(Muito Mais Que Isso)
R: Não sei nem pra quê. Mas isso me basta.
Pagu, vão ter que inventar uma palavra nova. "Amor" é tão suave, tão fraca. Tão regular.
Pagu, eu te (muito mais que isso).
R.
Meretrício
Apenas pense. Agora vire o mundo do avesso.
Imagine se lascívia fosse, na verdade, modéstia. Ou se vagabundagem fosse, no fim das contas, a qualidade de um bom trabalhador. E se virtude e desonestidade significassem a mesma coisa, mas em mundo diferentes?
É, você está quase lá. Não estou falando de utopia. Estou falando de valores. De liberais-conservadores. Idiotas.
Tradição é uma coisa complicada. Isso, porque hábitos cultivados por séculos não se desvanescem simplesmente, isso não é novidade. E não é simplesmente difícil mudá-los. É quase impossível. Essa é uma condição imutável — para virar o mundo do avesso, deve-se explodi-lo, mandá-lo pelos ares, para o vácuo, e criar outro novo. E, você sabe, não dá. Bem, pelo menos por enquanto. Mas se for possível entender um pouco do que quero dizer, ignore a tradição e veja por esse ângulo: trabalho = meretrício.
Você se vende há anos e só percebeu agora? Que triste. Ou não.
Alguns vendem o corpo. Sua inteligência, sua força, seu humor, se dá lucro a alguém, é porque você o está vendendo. Vendendo como alguns vendem o corpo. Não é simples?
Não é tão nojento quanto?
R.
Sensações II
Parece que não é comum ser tão assim, mas é só porque você vai passar a usufruir mais da própria companhia (acredite, nem sempre é tão agradável assim).
Parece que a vida é bem mais simples, mas não é. Essa sensação é um truque dos coca-ditadores — não acredite ou confie em nada.
Parece que o tempo passa rápido, mas é pura sorte. Você vai entender quando apenas uma hora tiver se passado quando você poderia jurar que foram três.
Parece que a noite não é suficiente, e não é mesmo. Os minutos livres do dia transformam-se em meros segundos (insuficientes) à noite.
Parece que dormir ao invés de ir ao colégio faz uma enorme diferença, entretanto, depende do dia. E se o sono, a ida e a volta são tempo perdido, é porque está faltando algo — e você sabe bem o que é.
Parece que elas ficaram estupidamente distantes, e ainda que o sentimento seja estúpido, ele é azedo o bastante.
Parece que o telefone não tocou nunca mais, mas, no fundo, é porque você não estava em casa para atendê-lo e, à noite, o ócio e a lassidão falam mais alto nos pulmões delas.
Parece que o único livro que está lendo é por conta disso — é também. Mas piora: você pode perder a vontade de preencher o tempo com palavras alheias.
Parece que só se passou um dia, e, de fato, foi só um. Mas ainda há muitos por vir.
Parece que vai estar sempre frio, mas, se quando o frio passar, você continuar a tremer, há remédio. Ele tem nome: Tertúlia. Nessa hora, ignore a distância, porque distância, mesmo sendo real e azeda, não é tamanho.
Parece que o sol aparece às vezes, mas a mim ele não tem aquecido. E a você?
Parece que você ganhou 50 pontos, e isso parece ótimo, mas eu não sei de que pontos nem de que raça você está falando...
Parece que você lida bem com esse novo afazer, então continue assim — você vai precisar dessa boa vontade em breve.
Parece que você só pensa na recompensa, então persista nisso. Se não for por ela, o esforço não é válido. Na verdade, ele não será válido nunca: você está cooperando com o sistema. Mas é assim que se começa; no futuro haverá algo mais gratificante e rebelde para você fazer, mas, por enquanto, enquanto as estações não mudam e você sabe que há algo por acontecer, continue cooperando com o sistema.
Parece que o tempo era mais válido e que aquele lugar que você tanto gostava agora está diferente porque agora eles estão distantes, intocáveis, porque você agora não os tem à mão.
Parece que você não sabe mais o que é aproveitar o tempo, e por isso inventa, e é tudo culpa do tempo que você, na verdade, não tem.
Parece que os sushis estão sozinhos porque você não tem mais com quem dividi-los. Quanto a mim, divido menos, porque agora sou eu quem paga por eles (estou ficando meio "mão de vaca").
Parece que, na verdade, você é quem está só. Sei o que é isso, eu também estou. É tudo o que posso dizer. Mas, se puder notar, quando alguém diz "eu também", ele está te fazendo companhia — ignore outra vez a distância.
R. (de mim mesma e mais nada)
PS: Será que você, Pagu, entende por que motivos eu entendo você?
Sensações
Parece que não é comum ser tão assim...
Parece que a vida é bem mais simples...
Parece que agora se o tempo passa rápido, é porque ele ta de bem comigo...
Parece que a noite não é suficiente...
Parece que dormir ao invés de ir ao colégio faz uma enorme diferença, mas...
Parece que essa substituição, o sono, a ida, a volta, tudo, é tempo perdido....
Parece que vocês ficaram estupidamente (porque é um sentimento meu estúpido) distantes...
Parece que o telefone não tocou nunca mais...
Parece que o único livro que estou lendo, é por conta disso...
Parece que só se passou um dia, e de fato, só passou.
Parece que sempre vai estar frio, mas...
Parece que o sol aparece as vezes...
Parece que ganhei 50 pontos ontem, mas me recusei, porque não mexo com aquela raça...
Parece que eu lido bem com esse novo a fazer...
Parece que eu só penso na recompensa, e é isso mesmo...
Parece que o tempo era mais válido, e que aquele lugar que eu tanto gostava, está diferente...
Parece que eu não sei o que é mais aproveitar o tempo, por isso invento...
Parece que os sushis estão sozinhos, mas...
Parece que na verdade, eu estou.
P. (de Pagu e não de Parece)
p.s: Será que você, R., me entende?
15 de agosto de 2010
"Eu levaria você, mas tem que ter uma preparação psicológica antes"
"It's much too quiet in here[...]. I'm hearing myself thinking too clear"
R.
"Mas por que acabar com o rum?"
Odeio quando vocês misturam conhaque e rum com qualquer merda que veem pela frente.
Bebam feito machos!
Verzeihen Sie bitte
http://www.semcor.wordpress.com/
Mochileiros. Que gente fascinante...
.
Quase presos num trem, um apressa o outro antes que a porta se feche e o trem parta levando consigo um dos companheiros de viagem. No meio do caminho "uma senhora de vermelho e um adolescente com um Ipod no último volume. A senhora parecia surda e o adolescente era... temporariamente. Não havia 'Excuse, please' que fizesse a dupla abrir passagem.
A porta fecha novamente[...]
— Agiliza, Guto. Emprra a velhinha com cuidado e o moleque sem".
(Risos)
.
"Do Atari ao celular foi um pulo se você parar pra pensar. Para os Robôs assassinos do juízo final foi um pulo..."
Ah, caras, adorei vocês.
R.
14 de agosto de 2010
Lovely PD II
R: É, eu também.
PD: Vou pedir algum lixo aí. É o jeito, estamos sem fogão.
R: Putz... Bem, eu vou acabar no miojo mesmo.
PD: Bem que eu queria. Sabe, aqui até tem microondas, mas comida de microondas, você sabe, é comida de astronauta. Qualquer comida no microondas fica astronáutica.
Lovely PD
R: Agora eu tenho celular.
PD: Então passarei muitas coisas!
R: Ok, brincadeira, não se sinta obrigado a pensar.
PD: Não pensarei. Apenas passarei músicas como se não houvesse amanhã.
Cheshire's Game
Ontem, na sexta-feira 13 (o dia do capeta) de agosto (o mês do cachorro louco), eu passei a entender a relação conturbada P x Risonho. Agora, também, R x Risonho.
Olhei para cima e lá estava ele, escondido atrás da gargalhada, como sempre. O interessante é que ele engana. E muito. Sorrindo (obviamente, já que é o Risonho), ele atrai muito facilmente. Seu sorriso é um anzol e uma lábia forte. Risonho atrai para perto sonhadores e ingênuos, além de alguns otimistas. Estúpidos otimistas. Ele camufla o sarcasmo com uma pitada de simpatia.
Agora, imagine-se a olhar para Risonho e sorrir de volta com a plena certeza de que o pequeno lhe quer bem.
Você está errado. Repare: É puro deboche. É pura amargura. Lá do alto, num lugar confortável, Risonho escarnece dos terrenos, sabendo que todos são loucos e que, como Dr. Robert, ele já passou do que está acontecendo para o que já se foi.
Enquanto você se deixa ser tragado pela capciosidade em peçonha, Risonho está mesmo é se esperando para cuspir na sua cara, otário.
R, preparando-se para virar X
PS: Algumas pessoas me questionaram sobre este post. Então, se quiser entender, olhe para a lua crescente/minguante.
R: Aquela em que ela está sentada no chão?
RR: Essa mesmo.
R: Claro. Fui eu que tirei.
RR: É uma foto triste.
R: Deve ser porque ela não gosta de fotos.
RR: Ah, é?
R: É.
RR: Mas é triste. Ela está com os olhos baixos, parecendo ter uma dor que pesa na alma.
Aos 21
Os ponteiros estão altos e rápidos. Tão lentos que mal consigo acompanha-los.
Me desculpe se sou um peixe, mas é que a dama de vermelho deve se privar de si mesma em certas ocasiões.
Peixes zeram rápido. Darei eu a pitada tão cedo assim? Como respirar, como vencer... Expirar. Sinto falta, os ponteiros batem, o vento na janela canta para me ninar, mas o que fazer...
Se não estou no mar?
"There is so many ways to act,
there so many shades of black."
Jack
13 de agosto de 2010
Borboleta Metaleira
12 de agosto de 2010
Sem Título. Frustante, não?
Por dias a fio, tens sido uma solitária razão para eu vir aqui, já que pouco tenho a dizer. É raro eu ter habilidade na hora de apertar todas essas teclas e expressar com clareza, ou expressar, simplesmente, o que comigo mesma é tão mais fácil entender.
Frustrante.
Há tempos tenho teu rosto cravado em minha pálpebras. Pra ser sincera, teu rosto comum não atrairia mil olhares por aí, mas o que há de admirável em ti — que não é pouco — o reveste por inteiro e o torna insuportavelmente belo. E há tempos, não o tenho sob a vista.
Frustrante.
Não tens a mera consciência da minha presença.
"The sweetest of words have bitterest taste"
VIP
Comecei a criar um glossário só para entender você.
Porque cê sabe, aqui você é VIP.
R.
Death
'Cause this fear's got a hold of me
That's why everything's got to be love or death"
White Lies
Amo como me faz esquecer de tudo.
Amo o modo como tu respira.
Amo como pensa antes de falar.
Amo, como mesmo assim sempre acaba falando demais.
Amo como se exalta, e se arruma.
Amo teus olhos e o modo como eles parecem sempre me seguir, e perseguir, olhando por mim, os buracos e cachorros no caminho.
Amo até os postes, esquinas e ponteiros que teimam em nos separar...
Porque a volta é sempre mais forte.
Tu também surgiu do nada guri.
Jack Bixinha
10 de agosto de 2010
Herinnering
— Ah, Cibele, procura no dicionário! — Renato ralhou, mal-humoado, apoiando as mão no balcão da cozinha; eu podia ver seu reflexo no vidro da janela ao alternar minha visão entre ele e os carrinhos de pipoca na avenida. Provavelmente, o motivo por trás de sua irritação era o chefe. Era quase sempre culpa do chefe.
— Já procurei — eu lhe disse, tentando enxergar mais a rua que seu reflexo. Agora eu também via os semáforos — verde, amarelo, vermelho, de novo e de novo —, as prostitutas, os rabiscos nos muros, as lanternas traseiras dos carros, os faróis baixos e as bancas de jornal.
— E então, não achou? Você não sabe consultar o dicionário?
Decidi ignorar seu sarcasmo. Não era sempre intencional. Não era sempre culpa minha.
— Dizia apenas: "lembrança indecisa, recordação vaga".
— É claro, não é definição suficiente — ele afirmou, sarcástico outra vez. Dessa vez, era minha culpa, ele já me conhecia.
— Não... Ouça: Reminiscência. É uma boa palavra. Encorpada, grande, bonita. Não achei algo condizente no dicionário, nenhuma boa imagem.
— Você e suas manias... — ele riu, resignado. — Será que toda palavra deve ter uma fotografia que combine com ela, só para fazer você feliz?
— No meu mundo, sim. No meu mundo, som e imagem se completam. Fala, Renato, você sabe ou não sabe o que é reminiscência?
Renato demorou a responder. Ouvi um suspiro. Vi seu reflexo desaparecer da moldura da janela. Virei meu pescoço em sua direção.
— Aonde você vai?
— Você não queria um complemento para as palavras do seu mundo? Estou indo buscá-lo.
Ele não esperou que eu respondesse, apenas continuou a curta caminhada até o quarto.
Eu ouvi o guarda-roupas ranger — culpa do tempo e da nossa fata de delicadeza — e as gavetas serem reviradas. E então, Renato voltou com uma caixa de sapatos nas mãos. Esperei. Ele veio sentar-se sobre a mesa de centro, de frente para mim, e entregou-me a caixa, trocando-a pelo meu copo de chá. Antes de pousar o copo sobre a mesa, ao seu lado, deu um gole.
— Não vai abrir? — ele perguntou.
— O que tem aqui dentro?
— Reminiscências — ele disse num tom de obviedade. Ao esperar, perdeu a paciência e removeu a tampa da caixa, colocando-a entre o cinzeiro de cobre e meu copo. Nosso copo. Olhei para o interior da caixa.
Eram tantas coisas que elas pareciam não caber ali dentro. Muitas coisas: pedrinhas de beira de praia, não podia me lembrar de qual praia; papéis de bombons que já não eram fabricados, entradas de cinema e de teatro, cartas, recortes de revista, maços de cigarro vazios, lápis — de olho e de escrever, com ponta e sem ponta; desenhos, bilhetes, anéis, fotografias. Muitas fotografias. E etc.
Observei cada objeto. Todos me lembravam alguma coisa e, ao mesmo tempo, não me recordavam de nada. Alguns me traziam felicidade, outros, melancolia. Não sabia o motivo. A maioria me fazia pensar em flashes amarelados, como papéis velhos ou lâmpadas incadescentes.
Enquanto isso, Renato sondava cada mudança de expressão do meu rosto.
— Consegue ver? — ele indagou.
— Então... Isso é que é reminiscência?
— Está vendo? Vendo aquilo não se pode ver? Quero dizer, que não se pode ver com clareza? Por isso o dicionário não define direito.
— Por isso o quê?
— Reminiscência não é só uma memória quase apagada. Essas cores são tão efêmeras e etéreas que chegam quase a ser uma droga. Isso aí que você tá vendo é quase feito ácido...
— É, posso sentir.
— Reminiscência também é uma espécie de... Sentimento. É um sentimento de cores diferentes.
R.
Schilderachtig
A primeira imagem que me veio à mente:
Ele, sereno & soturno, acompanhado por uma garrafa de Olmeca e um Cohiba; ou quem sabe um bom Tullamore Dew e um fino Partagas. O rosto inexpressivo, indiferente à noite — não por não gostar da noite, mas por ela lhe ser tão familiar. O resto do corpo contraído sob as roupas comuns em relutante agonia por culpa da umidade da plena escuridão. Ainda assim, pouco se revela em seu rosto. Ele continua sereno & soturno. Inexpressivo & indiferente.
Intocável & Fascinante.
R.
The Book (O Livro)
Eu li o seu livro
And I find it strange
E eu acho estranho
That I know that girl
Que eu conheça essa garota
And I know her world
E conheça seu mundo
A little too well
Um pouco bem demais
And I didn't know
E eu não sabia
By giving my hand
Que por estender minha mão
That I would be written down
Eu seria escrita
Sliced around, passed down
Cortada, passada
Among starngers' hands
Pelas mãos de estranhos
Three days in Rome
Três dias em Roma
Where do we go?
Para onde é que vamos?
I'll always remember
Sempre me lembrarei
Three days in Rome
De três dias em Roma
And never again
E nunca outra vez
Would I see your face
Verei o seu rosto
You carry a pen and a paper
Você carrega caneta e papel
And no time and no words you waste
Sem desperdiçar nem tempo nem palavras
Oh, you're a voyeur
Oh, você é um voyeur
The worst kind of thief
O pior tipo de ladrão
To take what happened to us us
Por tomar tudo o que conosco aconteceu
To write down everything that went on
Por escrever tudo o que ocorreu
Between you and me
Entre você e mim
And what do I get?
E o que faço?
Do I get revenge?
Me vingo?
While you lay it all out
Enquanto você publica tudo
Without any doubt
Sem a menor dúvida
Of how this would end
De como isso acabaria
Sometimes it goes
Às vezes isso passa
And sometimes we come
E às vezes vimos
To learn by mistake that
A aprender pelo erro que
The love you once made
O amor que um dia você construiu
Can't be undone
Não pode ser desfeito
Oh, three days in Rome
Oh, três dias em Roma
I laid my heart out,
Eu abri meu coração,
I laid my soul down,
Eu entreguei minha alma,
I'll always remember
Sempre me lembrarei
Three days in Rome.
De três dias em Roma.
Sheryl Crow
Pagu pediu a R.
Non, je ne regrette rien
Non, rien du rien. Non.... Je ne regrette rien.... Tout ça m'est bien égal!
Jackie
[Piaf]
Eu não sei se já ouviram falar daquelas meninas com nenhuma idade suficiente pra fazer as coisas que fazem, apesar de serem coisas simples para elas. Lêem algumas coisas incomuns, tem como motor principal músicas, muitas aliás. Tudo o que imaginam e fazem, ora as faz felizes, ora, as destrói. Há o superior, interior, externo, o sub, o intermediário; mas há tudo, às vezes. Não sustentam ninguém, e apesar de serem par, não simpatizam com os pares, nem nos relacionamentos individuais, são bem mutáveis. Inventam codinomes e um novo vocabulário, apenas por não serem livres, são menos livres do que as pombas e não param de fazer de tudo, linhas extensas de pensamentos. Não chegaram ao ponto do confortável silêncio constante... Só entre elas. Não aprenderam a fumar, mudar, beber, deixar o cabelo crescer e a trabalhar, mas ainda esperam, qualquer coisa, pois teem as nucas, os pés e HOME SUIT HOME.
P.
Café/Coffe/Cafo/Kaffe
"O que é o café?" [rsrs]
Prometemos que discutiríamos sobre isso, não é mesmo? Pois então se é o grão DE CAFÉ, e o pó DE CAFÉ, o que bebemos? Agua DE CAFÉ? Se todos são DE CAFÉ, café então seria a planta... Então não bebemos café. Bebemos a agua do pó de café. Ou não.
Mais uma: Quando estamos sentados temos o colo (que crianças sentam e etc...), mas e quando levantamos? Não é mais colo, é só perna, coxa.... Para onde vai o colo? Some? Pois então se o colo hora existe hora não. Digo que ele não existe nunca. Sim.
Quanto mais queijo menos queijo.
9 de agosto de 2010
They Taste Better
Devour it,
Enjoy it
And stink
Because of it.
Although I'm able to
I may not mean to.
Don't wanna avoid it.
R.
Faça O Que Eu Digo...
Ao conformar-se sobre o cigarro, passou a falar do café. Quando diminuí o café, decidiu que eu devia tirar pó dos meu pertences depois das sete da noite, após o trabalho, que vem após a escola. Assim que passei a remover o pó — que incomodava somente a ela —, queria que eu a ouvisse (isso significa horas de apenas introdução de assunto). Quando eu me distraía ao ouví-la, passou a reclamar da atenção que dedico mais a outros que a ela. E então resolveu voltar a falar do cigarro.
Tudo bem.
8 de agosto de 2010
Ferro na Boneca
Tão, tão viva quanto a morte.
Não tem sul nem norte nem passagem.
Não olhe, ande.
Olhe, olhe, o produto que há na bagagem.
Necas de olhar pra trás.
É quente com veneno.
É pluft, pluft, pluft, pluft, pluft.
É ferro na boneca, é no gogó nenê.
Ferro na boneca, Novos baianos.
Interpretaçaõ de metro.
"Caçar agua viva"
"Por favor, diga honestamente qual a sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo".
No fim das contas a pesquisa foi um grande fracasso. Por quê?
Nenhum dos países europeus podia compreender o conceito de "escassez"; os africanos não entendiam o conceito de "alimento"; os cubanos pediram maiores explicações sobre o que era "opinião"; os argentinos não tem noção do significado de "por favor"; os norte-americanos não possuem nem uma vaga ideia do que seja o "resto do mundo"; o congresso brasileiro está até hoje debatendo sobre o que é "honestamente".
Outra piadinha básica contada por N.
Lovely Hank III
— As pessoas não precisam de amor. Precisam é de sucesso, de uma forma ou de outra. Pode ser que seja no amor, mas não necessariamente.
— A Bíblia diz: "Amai ao próximo".
— Isso poderia significar algo como "deixe-o em paz". Vou sair atrás de um jornal.
p. 101
Lovely Hank II
p. 73
Lovely Hank
Subitamente o quarto se encheu de luz. Houve um estrépido e um rugido. A linha elevada do trem passava ao nível da minha janela. Havia uma estação do metrô ali. Olhei para a fila de rostos nova-iorquinos, que me olharam de volta. O trem se demorou e, então, partiu. O quarto ficou escuro. Logo voltou a encher-se de luz. Outra vez olhei para os rostos. Era como uma visão do inferno contantemente repetida. Cada novo carregamento de rostos era mais feio, demente e cruel que o anterior. Bebi o vinho.
Aquilo continuou: escuridão, depois luz, depois escuridão. Terminei a garrafa e fui em busca de mais. Voltei, tirei a roupa, retornei para a cama. As partidas e chegadas dos rostos continuavam; era como se eu estivesse tendo uma visão. Eu era visitado por centenas de demônios que o diabo em pessoa não podia tolerar. Bebi mais vinho.
Bukowski, Charles. Factótum. Tradução de Pedro Gonzaga. São Paulo: L&PM Pocket, volume 624, 2009, p. 32-3.
Certamente, Era Um Caroço
Estava cansada, caí no sono no peito de R de Rudi. Acordei com o garoto tocando violão. Mas ele era um pêssego tão tímido... Não quis cantar.
E tinha caroço.
Era caroço.
R.
Óbvio
— Professor, o que é óbvio?
O professor, confuso com a pergunta e procurando uma maneira de respondê-la, sabe que outros alunos ali podem fazer isso. Ele pede voluntários para formular uma frase que esclareça o que é óbvio. A primeira voluntária é uma aluna de classe alta.
— Bem, professor, hoje eu acordei me sentindo ótima, porque meu colchão é maravilhosamente macio. Tive um farto e saboroso desjejum e então olhei para a entrada da minha mansão e notei que a Mercedes do papai estava na garagem. Então pensei: "É óbvio que papai saiu de Audi hoje".
O segundo voluntário era um aluno de classe média.
— Sabe, professor, hoje acordei mais ou menos, porque meu colchão é meio duro. Antes de sair de casa tomei um café com leite e um pão com manteiga e reparei que o fusquinha do mei pai estava na garagem. Então pensei: "É óbvio que meu pai foi trabalhar de ônibus, deve estar sem dinheiro pra comprar a gasolina".
Por fim, mais um voluntário, de classe baixa.
— Ah, professor, hoje eu acordei mal porque eu não tenho um colchão. Fui procurar alguma coisa pra comer, mas não havia nada que eu pudesse mesmo comer. Então resolvi sair e, do lado de fora, eu vi minha avó subindo a ladeira com um jornal embaixo do braço. Então pensei: "É óbvio que a velha vai cagar — ela não sabe ler".
Piadinha básica contada por N. Autor desconhecido.
6 de agosto de 2010
Tive hoje cinquenta minutos livres a mais que o normal.
Não se preocupem comigo — além de meus fones pequenos, Charlie me fez companhia com seu coleguinha, Henry. E sabe? O fato de odiarem gente de verdade só os torna mais fascinantes pra mim.
A única coisa é que... Acho que estou me 'misantropando'.
R.