28 de maio de 2011

Você
Precisa saber de mim
Baby, baby
Eu sei que é assim

Não sei
Comigo vai tudo blue

21 de maio de 2011

amélie poulain e polanski de polainas na polônia

 Não há, ainda, abertura, neste terreno, para o artifício da indiferença — antes houvesse.

 Ele, o artifício, é o dote dos seres que crescem friamente desafeiçoados, ou livremente esclarecidos, sabendo quase desde sempre para onde florescer ou apontar, procurando por mais sol, mais chuva, mais terra; escalando muros e trepando em árvores (vivas e mortas), não afetando-se, engrandecendo-se.

 Aqui, neste terreno, vê-se o aferro, a tenacidade, a constância; não frutos ou fertilizantes: pedregulhos secos e ervas daninhas, porque são súditos da ternura, do afeto e da paixão. Vê-se o mato e o silvado, rasteiros e escassos, não arriscando, sempre murchando, a não ser quando o trovão não distingue o rijo e áspero, no íntimo, frágil, do brando e tenro, deveras possante.

 Não há, ainda, abertura, neste terreno, para o artifício da indiferença — na próxima enxurrada, talvez.

R.
Minha própria mãe me concretizou, abusou. Me transformou.
Minha bioquimica se foi. Antes voava, agora — sujeita a gravidade — eu caio, eu quebro.
Física, eu coexisto. Inerte. Inércia. Inercio.
Em segredo, ela apareceu com meu número. Me numerou. Trabalho.
"Bem vinda ao mundo", ela disse. Que mundo? Agora sou pessoa física. Minha mãe me fez um CPF.

haha J

8 de maio de 2011

Passei por minha casa abandonada.

Agora, Tertulianas sem bar lar.
Cena: R a caminhar distraidamente

Ápice: R avista um automóvel exótico

Conteúdo duvidoso do automóvel (adesivos):
"Cristolândia, um lugar de esperança — só vai quem aguenta"

Conclusão: HÁ!
A última bolacha do pacote quase sempre está amassada.

R.