28 de outubro de 2010

Complexo de Tertulianas

P. recebeu uma carta. Uma carta gigantesca e de via única. Decidi comentar sobre ela.

Quem lhe entregou a carta referiu-se a si mesmo como "um Pierrot". Vendo-se assim, não me admira que tenha desenvolvido uma longa teoria e, como consequência, um longo discurso sobre "O Complexo de Tertulianas".

Em breve dissertarei sobre isto, editando este post.

Até daqui a pouco,

R.

25 de outubro de 2010

Há coisas que bastam, há o "bastar" que precisa de coisas, há pessoas que "bastam" e nelas, você tem de usar o menor número de lápis. Você pode apagar e ser mais delicada, ou você oferece tempo. Mas se um dia houve "surrealismo" entre determinadas pessoas, ainda há reconhecimento do Ser. Não há necessidade do "se calar", do "se martelar", do "selar". É como é. Há sempre um dia cá outro lá que as pessoas vão nos desamar.

Não é tão ruim quanto parece e nem tão bom quanto realmente é.

O Desamor possui algumas vidas. O Amor existe.


P.s: Comentário rápido sobre um texto de hoje de uma certa Vilã. Desculpa pela falta de clareza, mas o café ficou pronto, tenho que correr.


P.

X:-Então, vocês são Butano?
J:-Não, nos somo Buteno. Ligação dupla esqueceu?







j

P.S. Agora são exatamente.... Revolução Russa hihi


"Encosta tua cabecinha no meu ... ... joelho e chora" rs

mi amas vi
Peace - Enquanto eu dou uma dedada, a palheta da duas...
R&P - ahahahahaaahahha

24 de outubro de 2010

Sabe, Pagu, adorei seus óculos — você fez com que eu e J.E. andássemos algumas quadras atrás dele, mas eu gostei mesmo. Bem, é uma pena que eu tenha quase a certeza de que da próxima vez que você disser a ele: "Vamos ao centro?", ele lhe dará como resposta um sonoro "NÃO". Mas acho que ele também gostou — fez você paracer um periscópio por fora tanto quanto eu por dentro.

R.

Pagu, suas cordas não eram novas, eram?

Estourei a corda Ré do Baby, o violão da Pagu. "Ah, tudo bem, ela já estava bem velha", ela disse. Então fomos direto ao Zappa, a casa da ovelha que fica em frente a nossa casa. Compramos cordas Giannini e fomos até a cozinha onde Baby estava, desmembrado.
Pagu tentava inutilmente tirar os pinos das cordas com uma colher, mas isso um dia machucaria Baby gravemente e já que uma banda ia tocar na nossa sala de estar, achamos um instrumento mágico, uma espécie de manivela, que não tem nome (na verdade, ele provavelmente tem um nome, mas Ganso, guitarrista que nos emprestou, não deve saber) e conseguimos tirar todos os pinos suficientemente rápido.
Ficamos lá, removendo, trocando, segurando, manivelando, testando... E percebi como não é preciso muito para um momento não necessariamente feliz, mas agradável (afinal, ser feliz o tempo todo não tem a menor graça. Ser feliz o tempo todo é completamente banal). Porém, para um momento agradável, basta uma banalidade — como estar parado sabendo que não há necessidade de correr; sentar de frente para alguém e saber que não há necessidade de dizer uma só palavra; ou quando, ao comer batatas fritas, um olhar na direção de seu amigo basta para ele trazer a mostarda e sentar-se ao seu lado.

R.

PS: Agora que somos experts em trocar cordas de violão, vamos passar para a próxima fase, não, Pagu? Agora precisamos aprender a tocar; não é só porque nos perguntam se temos uma banda de rock no ônibus que é só dar pinta por aí — me recuso a tocar com playback.

baby darling doll face honey

Foi bom eu ter dito o que disse, apesar de isso ter esclarecido pouco. Foi bom porque você é a pessoa mais legal que eu conheço e não ser legal com você é quase um pecado.

R.

23 de outubro de 2010

Pois é Tertúlia,

Um bando da bêbadas com TOC.
Adoro o ranger das janelas velhas.
O som das vozes no escuro.
E o ruído que as portas fazem quando passo por elas,
Parecendo dizer 'bem vinda'.

Baratas na parede, mãos no chão.
E os cigarros queimam por si só.


Jack

21 de outubro de 2010

"É, vai ser assim. Mas tudo bem"

Não. Não está tudo bem.


Jamais aderir ao conformismo. Porém, sem se iludir com o otimismo.


É a regra de número [?].


R.
.
Não consigo escrever. Não consigo dizer que eu pensei que estava tudo combinado, resolvido e que o mapa sem tesouro estivesse traçado. Não entendo porque foi dito o que futuramente seria desmentido. Por não conseguir entender, pensar e escrever, me diz como vou partir?

20 de outubro de 2010

Você não é uma cor (talvez, apenas, se quiser ser), você contrasta.

p.
Choro é palavra, lágrimas são letras.


P.
Mamãe - "Ah, isso é horível, a lua merece ser observada por você e você merece observar a lua!"

P.

motionless selfishness

She's not an intruder, just an ousider, a foreigner. An outlandish southern girl.
I'd also say that, sometimes, she's an alien. Or maybe two aliens, but inside of one:

the alien #1 being the smart, cult and dirty cold woman;
the alien #2 being the stupid, trendy and shallow hot girl.

That's why she frowns when looking at my face sometimes. Because (she knows) I know what's true. I know that she's the one who's licked the truth but refused to swallow it. She just spat it out, as if it was too bitter for her to endure. And she's right — it is.

So I'm not gonna put up a fight for your friendship, dear C.

That would be pathetic, and I know I would end up losing it.

I'll stay here, much more quiescent than you could ever imagine. Is that ok for you?

R.
Alguns combustíveis são ainda mais estimulantes que outros.

"Nossa, cara, tô em casa com uma vontade de ler todos os meus livros"
Pagu
R.
(...)
Mama, we're all full of lies
Mama, we're meant for the flies
And right now they're building a coffin your size
Mama, we're all full of lies
(...)
She said, "You ain't no son of mine.
For what you've done there, they'll find
A place for you, And just you mind
Your manners when you go.
And when you go don't return to me, my love"
.
Mama, we all go to hell
Mama, we all go to hell
It's really quiet pleasant,
Except for the smell
Mama, we all go to hell
.
We're damned after all
Through fortune and fame we fall
And if you could stay
I could show you the way
And return for the ashes you call
.
We'll all carry on
When our brothers in arms are gone
So raise your glass high
For tomorrow we die
And return for the ashes you call
Mama, MCR
"I have seen the new moon, but not you"


"There are some things about myself I can't explain to anyone.
There are some things I don't understand at all.
I can't tell what I think about things or what I'm after.
I don't know what my strengths are or what I'm supposed to do about them.
But if I start thinking about these things in too much detail the whole thing gets scary. And if I get scared I can only think about myself. I become really self-centered, and without meaning to, I hurt people.

So I'm not such a wonderful human being"

R found it tumblring around, at bloodisthenewblackk.tumblr.com

19 de outubro de 2010

sopro de vida
dentro de mim
ja não tenho mais vazão
só espero não estar
vazia.

Caju
Um dia, poeta virgem defini que, a separação do céu e da terra era a linha escura que se formava entre eles na escuridão.
O céu totalmente vazio a olho nú.
Não sabia ainda de nada, e ia sem muito mais informação.
A cor púrpura, chamava atenção. Entre o céu e a terra a havia visto muitas vezes.
O vazio do corpo me foi sussurrado nessa mesma cor.

" - Morte vem sem medo, seu manto cinza me cobre de poeira assim que deito no chão. Morro um pouco mais a cada segundo de vida. Vem, senta para um chá. Talvez te ofereça para levar consigo alguns biscoitos."

Entre o céu e a terra ( e a linha escura ) estou eu. Andarilho das sombras, espécie oculta de sangue veloz. Quem sabe um dia trombe contigo, caro leitor, na esquina, na padaria, ou até mesmo no chuveiro. Quem sabe te encontre e te sussurre ao pé do ouvido na cor escarlate ou bordô. E talvez se me ofereceres um café, vou embora com a cor púrpura na ponta da língua.

Caju
Resolvi postar algumas antigueiras por aqui...

Encare-me assim, como se visse meu interior. Não tens medo de que teus olhos se fechem de pena ou espanto ao que me tornei? Sensação passageira de hematomas cardíacos, as entranhas já não se sentem mais tão vigorosas como antes... Pega teu cigarro, traga quantas vezes o pobre conseguir, a única coisa que te peço é: não escarra nessa boca que te beija. Você pode quere-la de novo.


Caju
— Ah, não. Encheram minha mesa de serviço. Vou embora. Amanhã eu compenso a hora.
— Você já ouviu aquele ditado: "Não deixe pra mais tarde o que você pode fazer agora"?
— Já. Tô indo embora agora mesmo.

(ocorrido no serviço de R)
No elevador:

Entra uma advogada ou juíza A. R aperta um botão que faz com que a porta se feche mais rápido — as ascensoristas já foram embora.

A: Tá aprendendo, ?
R: Observar faz bem.
A: Ah, é verdade. É bom aprender coisas novas (claro, aprenda você também a apertar botões).

Entram duas garotas no elevador, G1 e G2.

A: Vão estudar garotas?
G1: Ah, não. Estudo de manhã.
G2: Eu também.
G1: Ah, à noite não dá.
G2: Pois é, principalmente depois do banho...
A: Cansativo, não?
G2: É, eu não consigo estudar à noite.
G2: Nem eu.
R: Eu não consigo estudar.

crise de expressão

Analisar o que se escreve é ridiculamente incômodo, mas inevitável.

Abri a página do blog sem ter nada pra dizer. Mas a verdade é que apenas algumas das coisas que tenho realmente a dizer seria dita de maneira crua, real e completamente honesta. Tenho o costume incômodo e inevitável de ler e reler o que escrevo levando em conta não só a ortografia, a clareza, entre outras coisas, mas também, ainda que de maneira desdenhosa, a pergunta patética de um de meus eus: "O que pensará fulano disso?"

É fato que isso não acontece num número considerável de vezes. É fato também que está ficando muito mais raro eu ter esse tipo de pensamento; ultimamente, tenho respondido ao outro eu: "Não me importa" — tentando ser eu. Pagu diria "ser eu sem muitas lesões", mas eu sempre fui uma admiradora de cicatrizes. Entretanto, a tal pergunta ainda é feita ocasionalmente, e acabo por perguntar de volta: "Por que diabos você quer saber? Essa merda de blog não serve pra isso? Pra você dizer o que quer sem dar a mínima pra nada?"

Talvez. Mas não estou a fim de escrever um enorme texto sobre como a mídia influi na opinião da sociedade e o ser humano em busca de aceitação e massificação e blábláblá. Só vim fazer uma coisa bem piegas, que é dizer o que sinto no momento, e perguntar se alguém que neste blog, qualquer um, tem já pensou ou ainda pensa algo a respeito, porque, como podem ver, estou tendo algumas crises de expressão com diálogos internos do tipo:

"— Escreva isso.
— Mas soa idiota.
— Mas é o que você pensa.
— Mas soa idiota.
— E que importa ser idiota numa frase só? Há tanta gente sendo idiota integralmente.
— Ainda assim, soa idiota".

18 de outubro de 2010

regra #1: nunca seja pego

Primeira parte:

Passei uma porção de horas da noite em claro. Às vezes pensava em Mia Wallace tendo uma overdose. Às vezes pensava numa gaita. E às vezes apenas encarava o nada.
Acordei cedo; olhei pela janela e notei que chovia. Eu gosto da chuva, mas não gosto de esperar ônibus embaixo dela. Embaixo dela, prefiro esperar por um disco voador ou por uma hemorragia súbita. Então não fui à escola (outra vez). Os dorminhocos estão na viagem de formatura e conteúdo educacional será a menor das preocupações dos alunos que ficaram para trás; achei melhor ficar em casa — lendo as aventuras de Supertramp eu ganho mais.

Depois de alguns minutos de volta à cama, fitanto o pé direito, levantei-me e rondei os cômodos do meu pseudolar. Aquela coisa branca que fica no meio da cozinha é chamativa, não dá pra negar; abri a porta. E olha só o que eu achei: cevada. Maravilha.
Almocei tomando uma latinha de cerveja. Agora...

A verdade: almocei tomando uma latinha de cerveja às onze e meia da manhã de uma segunda-feira quando deveria estar no meu ambiente escolar.

Segunda parte:

Minha colega de trabalho, a outra escraviária, quero dizer, estagiária, não foi trabalhar. Então, hoje, carreguei o dobro da carga de costume. Ouvi indiretas, subi e desci escadas, fiz cara feia para os advogados mais folgados, ignorei piadas a respeito do diâmetro dos órgãos genitais dos meus colegas, capenguei de sono e tédio; enfim, "edifiquei-me". Eventualmente, ouvi: "R, telefone pra você".

Diálogo (ou algo parecido):

— Alô?
— Sabe, eu comprei uma latinha de cerveja e, quando fui guardar os tomates na gaveta da geladeira, descobri que ela não está mais lá (o fato de a minha mãe esconder as latas de cerveja em lugares inapropriados, como ao lado dos tomates, é um mero detalhe). Você bebeu?
— Bebi.
— Por que?
— Bem... Me deu vontade.
— Você acha que isso está certo?
— Não havia pensado nisso. Só estava com sede.
— Sede? Tinha uma garrafa cheia de suco no seu quarto. Já é outra coisa que você não devia fazer, largar comida no quarto. Você não acha que está virando uma alcoólatra?
— Acho que não. Isso é exagero.
— Exagero é beber na segunda de manhã. Não se bebe durante semana.
— Quem disse isso?
— Não é necessário dizer. As pessoas não bebem nos dias de semana (a bendita generalização brutal outra vez).
— Ah é?
— É.
— Hm. Se é assim, me desculpe. Mas não estou virando alcoólatra.
— Quer saber? Vou ligar para o seu pai. Já não basta você ficar bebendo com ele toda sexta-feira?
— Você fala como se eu bebesse um engradado toda vez que vou pra lá.
— Não importa quanto você bebe, o que importa é que você bebe.
— Tudo bem, ligue pra ele então.
— Farei isso. Quando você chegar em casa nos falamos (o fato de minha mãe ter desligado na minha cara antes que eu pudesse responder também é um mero detalhe).

Terceira parte:

No ônibus, descobri que minha cópia original não se contentou em ligar apenas para o meu pai; ela teve de ligar para Pagu. Tudo bem, Pagu não me censura por essas banalidades.

Mas não é assim? Não há também aquelas regras do tipo "Fazer o que os pais dizem e não o que eles fazem"? O fato é que essas regras são repugnantes demais. Hiócritas demais. Ou a minha mente é que é podre demais.

Acontece que fui pega, o que mais posso fazer senão isso? (pelo menos minha mãe não sabe das latinhas de Xingu do fim de semana)

Conclusão:

É grave?

Bem, se eu pensasse que era grave, não teria aberto a latinha. Mas até aí, eu ainda estava a salvo.

É errado?

Isso aí já é relativo. Ou as pessoas (leia-se "os liberais conservadores") exageram, ou minha visão das coisas é pervertida, depravada e indecente.

De qualquer maneira, a regra número 1 é: NUNCA SEJA PEGO.

R.
Fique a vontade, me diga que cometeu um erro, um equívoco pra tentar não machucar tanto...
Não posso mais me conter ao pegar um lápis ou o telefone.
Perdoe alguém que te surpreendeu rápido demais, se perdoe por não achar as coisas simples.

16 de outubro de 2010

Ne me quitte pas

Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu compendras...

Cher Jacques Brel, génie.

copiando Caju

Pequenos prazeres (e desprazeres) de Rivotriller In The Hell With Pigs:

- Escovar os dentes andando pela casa
- Ouvir o barulho dos carros na rua
- Simplesmente ser numa profunda escuridão
- Anotar coisas nos rascunhos de mensagens no celular
- Dizer "eu também" a Pagu
- Olhar o cinzeiro cheio
- Imaginar acidentes surrealmente cômicos
- Falar sozinha
- Sentir os membros formigando
- Cortar o dedo e não conseguir tocar violão
- Não cortar o dedo e não conseguir tocar violão
- Ouvir Caju tocar Blue Suede Shoes
- Dizer "sushi"
- Desenhar caveiras mexicanas
- Fazer garranchos
- Ouvir as caixas de som chiarem
- Citar falas de filmes bons
- Citar falas de filmes ruins
- Fazer círculos com a fumaça do cigarro
- Tomar cápsulas líquidas
- Digitar duas teclas de uma vez só
- Andar no banco do passageiro com a janela aberta
- Fazer listas cujo número de itens é ímpar

pseudo-onisciência

Estava navegando por certos blogs por aí. Notei que navegar, no fim, é um saco. Muito mais agradável é entrar, fazer o que se quer, ou o que se deve fazer e então aprender de uma vez por todas que visão, audição, contato físico valem mais a pena (clichê, eu sei, mas alguém vai acabar entendendo onde quero chegar).

Num desses blogs, me deparei com uma generalização brutal — há pessoas que simplesmente não sabem esperar o sinal verde para certas coisas como dizer "todo mundo", ou "sempre" ou "em todo lugar".

Não que eu seja muito a favor de semáforos metafóricos/ideológicos/psicológicos. Mas que tal ter o mínimo de noção da coisa mais predominante no planeta: DIVERSIDADE?

É brutal mesmo. Frases com a estrutura "Todas as pessoas de tal lugar sempre fazem tal coisa quando não sei o quê" me deixam embasbacada. Esse negócio de "todo mundo" não existe. Enquanto você está aqui lendo esse post de merda (HA, até parece), tem alguém no Cazaquistão que não tem a mínima ideia do que quer dizer "blog". Ou alguém no Japão que acha que doce de feijão branco é saboroso. Há quem goste de caçar ursos no Alasca, quem use calças boca de sino ou quem prefira batatas doces. E daí?

Fico abismada (abismada é o cacete, fico fodidíssima da vida) quando alguém diz, ou, no caso, quando leio algo do tipo "procure dentro de si, você vai achar a promiscuidade humana", "admita, você adora abacaxi, todo mundo adora abacaxi", "ah, vai, quem nunca chamou a professora do pré de 'mãe'?"

Ninguém é tão conhecedor da natureza humana assim, não importa quantos são os porcos ou santos dos quais se tem conhecimento.

R.

15 de outubro de 2010

R: Você vai nadar e nadar e morrer na praia?
R: Não vou morrer. Vou tirar um cochilo.
Na rua o homem ensina desculpas ao filho.
Em meio a fumaça, em frente o bar, o pequeno aprende etiquetas e maldades.
A fala arrastada, o olhar olhar amoroso. A estranha dicção de bebes e bêbados conversando, se misturando.
"Fala com a menina bonita". Ele lhe puxa as vestes, belas pernas.... E ele aprende a dizer 'Boa Noite'.

J.

De oculos

C: Pagu, você bateria em alguém de óculos?
J: Mas ela usa óculos.... Alguém de óculos pode bater em outra pessoa de óculos? Ou as duas tem que tirar?
C: Ah.... depende da vontade de bater.


Boa noite... De óculos.

14 de outubro de 2010

So open up your heart and let this fool rush in.

É parece, mas não é... O “não” dói, o “talvez” também. Whatever. Queria te acalmar, queria me importar. Não pense. Então não pense em mim. Mas tu me entope a garganta.

Tóxico. “Cuidado frágil”, carregar desse lado... A diferença não é tanta. Se eu soubesse o que dizer, talvez não o diria. Mas o portão bateu, e dessa vez, ninguém olhou para trás. Todos querem estar em casa, eu sei. Também estou cansada dessa porra. Digitar é foda, mas estalar o dedo eu consigo, faz tanta diferença assim? Pode parecer... Mas não leve ao pé da letra. Não acredite em mim. O vão entre as coxas não me preocupa, nem me incomoda. Cada um com seu veneno, não é o combinado? Me sinto mal, por você me fazer sentir mais como eles. Mas sei que tudo parte de mim. Não tenho mais o que por para fora,

boca cheia, estômago vazio. E o doce amargo dos teus olhos mal fechados. Nossas palavras silenciosas - que tanto não precisavam ser ditas - agora só bombeiam meu coração, alimentando meus vermes interiores.

Foda-se o euro,

Foda-se o muro,

Foda-se a poeira,

Foda-se o horário,

Foda-se os números,

Foda-se a nacionalidade,

Foda-se que cor de caneta escolho,

Vai se foder. E eu acho que eu não sei de nada mesmo. Mas te amo.

I don' care, I don't care. Care, if I'm old.

I don't mind, I don't mind. Mind, don't have a mind.

Get away, get away. Away, away from your home.

I'm afraid, I'm afraid. Afraid, of a ghost.

de la mancha


Eu estava devaneando a respeito de minhas estórias, uma em particular. A personagem principal devaneava também. Até que me veio à mente a cena:

"As pessoas mudam", ela diz.

Logo em seguida, nesse meu hábito de evitar o desperdício de inspiração, que já me surge pouco frequentemente, ilustrei a frase com o desenho acima. De repente, ouço: "Isso foi pra mim?" Era Caju. "Não sei, foi?", quis responder.
.
Caju veio me dizer que eu poderia ter deixado um recado indirectamente para ela, que isso estaria no meu subconsciente.
Talvez fosse suspeito o fato de eu ter passado o dia calada, mau-humorada, com essa minha cara de bunda, que já é bem comum. Mas nada dessa balela de subconsciente comigo. É fato que sua inconstância já foi tópico de minhas conversas — de meus diálogos e monólogos.
Ela não tem culpa. O Quixote aqui sou eu, imaginando coisas, e devia ter-me acostumado há tempos, mas "há tempos são os jovens que adoecem". Se eu aprendo por osmose, caju deve ser uma esponja. Até porque Deus fez a todos à sua imagem e semelhança — Bob Esponja Calça Quadrada, Amém.
.
Já confessei, aqui mesmo, que é o desapego que me desorienta, e nem isso foi suficiente para fazê-la entender. Estaria ela tão paranóica quanto eu? Com algum peso? Ou ela apenas percebeu quão difícil eu sou de lidar?
.
Então whatahell significa "isso foi pra mim"?
.
Desculpe, Caju, se é tão difícil jogar conversa fora, ler revista de moda, rir descontroladamente por certos motivos; se é tão difícil simplesmente ser ao meu lado. Não posso mentir que me agrada.
É que eu estou tentando ser, e há muita coisa nova, muita gente nova, muita imagem nova, muitas luzes novas, e eu continuo aqui, parada, enquanto você está aí, correndo.
.
Mas isso não muda nada — ainda há muito mais que isso pra você.
.
R.



PS: espero que você tenha consciência de quão inapropriado seria
espalhar isso pelo hemisfério sul. Venha me encontrar.

A escola é o orgasmo da degradação humana. Ok, chame como quiser, mas é o momento onde toda paralisia e deformidade mental se concentram.
Antes disso, você é apenas um Aspirante; é incluído numa Instituição, no caso a Familiar, que claramente vai além dos seus quereres. Por isso penso eu, que se já surgimos sem nenhum poder de escolha, banalmente falando, nunca, em nenhum outro momento, conseguiremos ter.
Voltando a outra Instituição, a Escolar.
Outro alunos, sem luz de fato, ao ingressarem na escola, trazem o mesmo nível de lerdeza existencial, e ao socializarem, crescem sentados, sedentários.
Não oferecem a vocês nenhuma possibilidade de diferenciação, pois ao instalarem um cotidiano coletivo, passa a existir somente o Coletivo.
Ninguém, repito, ninguém precisa ser treinado e acostumado a lidar com pessoas, e se esse fosse realmente o objetivo, não vejo o tal Ensino fazendo jus.
Querem ganhar tempo, pois no Descontrole de População, entre 11 e 15 anos, prendem a maioria dos que nascem, pra observarem de longe, o Intuito propriamente humano, realizado desde os primórdios, com êxito.
Como um recipiente sem espaço necessário, te partilham e saturam com teorias, verdades criadas, hipnotizando com um tipo de chamada que diz: Conhecimento, sem escapatória, pois sem isso, nada irá progredir.

Não é do seu dinheiro que eles precisam, é da sua mente adestrada.

A condição para esse ‘gado’, é que tenham audição pra ouvir o grunhido quando se descontrolarem. Te jogam na mesa um cardápio formulado, há muitos significados e supostas escolhas, tem bastante tempo pra ler e reler, mas se detectarem imparcialidade, puxam o balde do teu poço. Sussurram: ideologias, profissionalismo, educação, ética, leis, deveres, moral... Os alunos novamente não percebem as covas que atraem a privação do desfeito; é só um cortezinho, quando casar sara, ou quem sabe um beijinho.

Modificam as palavras, o relevo desaparece... Não há fala aceita se não houver tímpano hospitaleiro.

Talvez tenha tido ao menos uma boa intenção na ideia de criar essa Instituição, mas pensemos: Culpa do capitalismo? Do próprio ser humano na sua ordem de existência? Deus, quem sabe? Costumes? Divisão mundial? Camuflagem social? Estudos fragmentados? Não sei. Sei que existe a injustiça dessa Vida atrapalhada, ponho a culpa na culpa, apenas por desacreditar nela, tendo a culpar o Nada.

Alunos, uni-vos? Não, não, vocês já estão unidos por essa corrente física e bem colocada desde a fecundação, serão pra sempre, alunos...

Há quem goste.

Muitos conflitos me enlouquecem, não trabalhei esse pois minha mente, sendo hiperativa, bloqueia os dedos, só quero confessar que passar de ano não é minha especialidade; parabéns aos arquitetos, eis um exemplo de esquizofrenia alcançada.

Não debato em demasia, apenas confesso meus choques e se ainda não sei formular escapatória, me agarro as vivacidades, atendo os modos desesperados dos meus próximos e bem selecionados, me identificando com a obesidade mundana e espiritual, privada, que quase estoura o pericárido.

Se eu acreditasse em sorte, diria que é isso, por ter proficiência para com poucos, suficientes e vitais Alunos.

Sei que o inexistente não supera o real toda vida, mas cuidemos da nossa própria ditadura.

Pagu.

13 de outubro de 2010

Now i'm ready to close my eyes
And now i'm ready to close my mind
And now i'm ready to feel your hand
And lose my heart on the burning sands
And now i wanna be your dog
" - Now...and why not...forever...? Fui"

Je t'aime mon pêche copain

Jack

Obs: "Les Chaussettes de l'archiau chesse sont-elles sèches ou trés sèches."

Quem conseguir repetir isso rápido vai ganhar um estoque de cigarros...



Viu, não tem como evitar, ele mesmo se oferece...

p

12 de outubro de 2010

Ratatá, ratatá, ratatá...

11/10/10

O céu criou vontade própria.

Um noctívago tocava o Boléro.

Prováveis boêmios hedonistas no chão de concreto.

Pitoresco...

R.
"Quando teve aquele protesto, fugimos por ali. Os mendigos, alguns bêbados; o pessoal dormia ali às vezes. Mas aí puseram água. É pra expulsar a gente toda. Lança, água, espeto, pedra. É a maldita política higienista do governo de São Paulo"

S.

Seu rosto vermelho é um delator, Pagu.

R.

perhaps you should start thinking about buying a mercedes benz

Vi aquele beijo.
Era pura sede.

Ali, naquele beijo, havia apenas os dois. Como se o mundo, feito de qualquer coisa não consistente o suficiente para suportá-lo, fosse de desmantelando ao redor. Ao redor daquele beijo.

Não sei o que há depois. O que há depois é pura indagação. Depois do beijo nada mais importa.
Ou importa?

Penso que permanecem apenas as amoras. As estrelas.
E minhas mãos de matriarca são simplesmente incompetentes.

R.
Joan Jett: How are you feeling?
Cherie Junkie Currie: Like a peach.

TheRoadieWithTheForgettableName: If you need and extra bed I'll be right down the hall.

Lines from The Runaways Movie.

Pêssssego



Ah... R.P.



Wake up little sparrow, don't make your home out in the snow... Little bird, don't you know? Your friends flew south many months ago...You're just a baby, you cannot fly... Your wings won't spread up against the sky.

{DevendraBanhart-WakeUp,LittleSparrow}

p.