16 de outubro de 2010

pseudo-onisciência

Estava navegando por certos blogs por aí. Notei que navegar, no fim, é um saco. Muito mais agradável é entrar, fazer o que se quer, ou o que se deve fazer e então aprender de uma vez por todas que visão, audição, contato físico valem mais a pena (clichê, eu sei, mas alguém vai acabar entendendo onde quero chegar).

Num desses blogs, me deparei com uma generalização brutal — há pessoas que simplesmente não sabem esperar o sinal verde para certas coisas como dizer "todo mundo", ou "sempre" ou "em todo lugar".

Não que eu seja muito a favor de semáforos metafóricos/ideológicos/psicológicos. Mas que tal ter o mínimo de noção da coisa mais predominante no planeta: DIVERSIDADE?

É brutal mesmo. Frases com a estrutura "Todas as pessoas de tal lugar sempre fazem tal coisa quando não sei o quê" me deixam embasbacada. Esse negócio de "todo mundo" não existe. Enquanto você está aqui lendo esse post de merda (HA, até parece), tem alguém no Cazaquistão que não tem a mínima ideia do que quer dizer "blog". Ou alguém no Japão que acha que doce de feijão branco é saboroso. Há quem goste de caçar ursos no Alasca, quem use calças boca de sino ou quem prefira batatas doces. E daí?

Fico abismada (abismada é o cacete, fico fodidíssima da vida) quando alguém diz, ou, no caso, quando leio algo do tipo "procure dentro de si, você vai achar a promiscuidade humana", "admita, você adora abacaxi, todo mundo adora abacaxi", "ah, vai, quem nunca chamou a professora do pré de 'mãe'?"

Ninguém é tão conhecedor da natureza humana assim, não importa quantos são os porcos ou santos dos quais se tem conhecimento.

R.

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