26 de outubro de 2012

" assim perdemos o tesão pelas palavras pré escritas".

É um fato insuportável. Os tijos que derrubam ao invés de constuir...
Vai-se levando.

R.

16 de outubro de 2012

Semana 1

Escrito 4.10.2012 - 23h59

Já faz uma semana que estive cansada demais pra sentir medo estando sozinha no escuro. Qual a duração de cada lembrança, cada relíquia? Deixei para trás minha caixa, exposta. A quantos perfumes já me apeguei, cabelos caíram sobre meu rosto de tantas formas. Pós dramática, pós deprimida, pós os remédios, aqui jás o romance. Outra pessoa, pós segura, pós acompanhada, pós cuidada. Aqui jás tantas coisas. Com o perdão da palavra, minto aqui ha o mesmo drama e a incapacidade de superar. Pura nostalgia. Percebi hoje como deixei minha pessoa curiosa, interessante e produtiva para trás. Depois de me culpar, deixo de culpar os outros pela perda do critério, da opinião e da vontade. Restou o sono. Me resumo em frases mal concordadas,, exageradas. Sempre aumentamos a água dentro do copo, da vida, não somos otimistas, assim perdemos o tesão pelas palavras pré escritas. Resta esse sono e a ansiedade. And I think of Dean Moriaty.

J

3 de outubro de 2012

Havia um perfil e sua sombra atrás, na parede amarela, omissa pelo PB.
O nariz era nítido, e a sombra convencia.
O perfil deu um passo em retorno, nunca corajoso.
Sua sombra; atrás, fez-se primeiro e único plano.
Assim foi com outros muitos seres-objetos,
e a ideia cumpriu tua colocação.
Quem disse que isso aconteceu?
Cascata!

P.

ameixa

Saltei em papéis de todos e únicos pigmentos,
apenas para lotar as duas palmas de fruta doce, azeda, possuída por membrana frágil.
Devorada, de vingança, escorregou nos meus lábios,
mas só uma língua ligeira firmou o ponto final em tanto ódio frutado.
Agora faz parte de mim.

P.