31 de julho de 2010

Memórias de um momento de Delícias Ato II Cena II

Situação:
Eu com minha avó na sala, depois de tomar café ela me falando sobre vidas e espiritismo e coisas assim...

- É assim... Cada um tem seu destino, e ele é traçado por Deus. Só que algumas pessoas saem do seu caminho certo... E são essas que se perdem na vida...
J - Mas , você não acha que por ser destino... O "sair da linha" esta no destino, então isso também meio que era para acontecer...
- Destino? Quem ta falando em destino?
J - !
- Ih... Acho que você ta caducando... Eu falei cada um tem sua vida traçada... Não tem essa de destino...
J - ...

Moral da História: Destino é traçado por deus, ou não. E segundo a minha avó eu estou caducando...


P.S. O pior é que vocês sabem que sempre tem a chance de eu ter entendido errado e esquecido mesmo... [rs] sorte que teve testemunhas...

Em nome do Bob Esponja Calça Quadrada
Memórias de um momento de delícias Ato II Cena I Esquetes

J.: -Então porque... Quando você ver o F., não é ele... Mas quando ver o D. é o D. Ok?
C.: -Ta... Acho que entendi.
...
G.: -Porque cara... O importante, é o que importa.

Conclusões: O chão do banheiro de "casa" é sempre melhor, e se esfriar de mais (assim como se esquentar) te deixo mal... Mas pode gerar bons frutos.


Querida Caju roubei tuas delícias...

30 de julho de 2010

J.: Já sei qual é o cheiro que seu cabelo estava...
M.: Qual?
J.: É tipo... O cheiro do gosto que deveria ter o cheiro do líquido da cereja em conserva... haha, sabe? Aquele com conhaque.. Algumas coisas pelo cheiro deveriam ter um gosto bem melhor... Então, resumindo, é o cheiro do gosto que deveria ter o cheiro da cereja.
M.: Ah.. ta, claro... Sabia que eu conhecia de algum lugar....

...

haha, eu disse que ia descobrir baby....

Postais I

Recebi esse postal numa carta, tentei entender a letra, e pensei que " jantar frio" era na verdade a palavra "fantástico", mas virei o postal e vi que era da Pagu para Oswald, que fez parte de alguma exposição no Museu Lasar Segall, foi mágico, procurei na internet e achei o que realmente estava escrito.
Diziam que ela estava decepcionada por encontrar a União Soviética bem diferente do que os partidos comunistas da época divulgavam.



Meu bem
Te mando este de Moscou
Isto aqui
é jantar
frio sem fan
tasia.
Tou Besta.

Pagu (ela mesmo)
" Como sou amado!
Mal saio de casa
Já me espera a lua."

(Cassio Carvalheiro)

29 de julho de 2010

D: Sal dá pressão alta?
R: Dá.
D: Nossa... Ah, dane-se a pressão alta. Tem que comer mesmo, tudo o que é bom e com muito sal. Melhor que ficar por aí fazendo arruaça!
R: Pois é.
.

Ou não.

A Mais Suculenta Prova Da Solidão

Jogar tranca sozinha.





Ah, Pagu, quer saber? Mereceu. Te liguei 37846827346 de vezes. Toda vez que o telefone tocar, lembre-se de que pode haver um possibilidade de uma suculenta prova de companhia, apesar de eu não ter certeza de que a minha é tão agradável ou azeda. Acho que sou meio amarga. E isso importa? Você nunca põe açúcar mesmo no café.

O Mundo É Um Moinho, Mas Pagu Sabe Melhor

R: Mas o mundo é tão grande.
P: A mais genuína verdade. E?
R: E?
P: Não importa que o mundo seja grande. O universo também é. E eu acharia um satélite inativo também pra nós.



Ah, Pagu, mi amas vi.

O Mundo É Um Moinho

Ah, Pagu. Mas o mundo é tão grande e você ainda não conseguiu achar um espaço em que caibamos todos?

Meia Semana

É sempre assim. Quando termino meu café, ele já está frio. Mas tem sempre outro cigarro aceso. Por isso achei tão estranho meu maço estar pela metade logo no fim da semana.
P: Acho que amanhã será um dia bom pra vocês.
R: Não sei. Está tudo tão monótono.
P: Não está? Acho que vou ficar louca.
R: Acho que já estou um pouco.



.



Será insano de minha parte aceitar a insanidade e a falta dela, quando é necessária, tão resignadamente?

R.

Tremer

Interessante. Eslôvo tão citado por aqui esses dias e... Pensei nessa palavra a semana toda.
Mas eu sou tensa. Eu não tremo.

Acho que vocês sabem quem é.
R: Tá pensando?
R: Não.
R: Sabe, isso é bem engraçado. É bom ficar na sua cabeça. Você vaga e vem um monte de coisas e, no fim, você nem está pensando. Deve ser irritante pensar o tempo todo.
R: É...
R: Mas... E então? No que você está pensando?
R: Em como as pessoas não conseguem se acostumar com a minha habilidade em ficar sozinha.

R.
Whiskey, please. I need some whiskey, please.
So bring me consciousness and kill my innocence.
Please, lay your eyes on me. Lead me in the dance, give me no chance to reconsider.
I'm the queen of the world, I bump into things, I spin around in circles, and I'm singing.
Why can't I stay like this, dear God? Let me be young. Let me stay, please, let me stay like this.

Bring me home, I got no plans for tomorrow, I got no plans in sight.
If I'm free this week? I'm free this month. I'm lonely. Lonely this year. Lonely forever.
But today... Oh...
I'm the queen of the world.

Ida

Vamos fazer um filme?

Sem essa de: "Estou sozinho."
Somos muito mais que isso, somos pingüim, somos golfinho. Homem, sereia e beija-flor. Leão, leoa e leão-marinho.
Viver é foda, morrer é difícil. Te ver é uma necessidade.
[...]
Deve de ser cisma minha,
Mas a única maneira ainda de imaginar a minha vida,
É vê-la como um musical dos anos trinta.
E no meio de uma depressão,
Te ver e ter beleza e fantasia.

E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?






J para P. E a quem mais interessar.

Lindo II

Menino bonito seu olhar foi simplesmente lindo. E nós nos sentimos enfeitiçadas, talvez até correndo perigo. Mas seu olhar não disse nada. Nós que romantizamos tudo. Personificamos você como a todos os outros, e o tornamos mais interessante. Pois então quero olhar para você, e depois ir embora, sem dizer o porque. Basta olhar pra você... E eu me sinto enfeitiçada, mas menino bonito seu olhar é simplesmente lindo, só que também não diz mais nada.



Jack Tequila, para o pessego do masp com caroço e uns cortes no joelho que joga "Tapão" bem.

Ministério da Saude Adverte:

Calor causa esquecimento;
Felicidade causa tristeza*;
Juventude da dor de estômago;
Nicolau faz amigos de louça;
E sushi mata pai.


Preserve sua vida,
é a única que você tem porque se ninguém é todo mundo, alguém pode ser qualquer um.


*Ou "secura" (rs)
"Morte aos Historiadores de história real, árida e vulgar.
Viva os poetas!"
[Algum filme com príncipe no nome....]

28 de julho de 2010

Bloco 12 Apartamento 24

Temperatura elevada. Tremor incontrolável. Falta de ar. E aquela dor absurda de juventude transviada. Eu estava assim, no chão da sala, assistindo algo que mal posso me lembrar o que era.
Garganta seca. Medo. Frio. Cansaço. Eu levantei baby. E fui te ver. Parte pela aflição de uma hemorragia, e uma lenta morte súbita. Entornei um pouco de sangue, para ver tudo mais claramente. E fui me perdendo pelas linhas do chão, e as placas que indicavam qualquer direção. Fui até você, me perdendo. E caí em seus braços. O medo não passou, e a cada pontada sentia como tudo é fraco. O corpo é fraco, a carne é fraca. Me perdi no teu colo. E fui me guiando pela tua pulsação, numa tentativa de violar teus pensamentos, entrar na tua mente, e não deixar parar o teu coração.


Via malsana kaj perdiga Jacko.

O coração é um órgão oco e musculoso que bombeia sangue.

Um bom violão e uma guitarra desafinada. Alguém boa e alguém desafinada. Vozes infantis num horrível estúdio. Lhes apresento, metade das pamonhas!

3 Agosto

Minhas notas musicais voam por ai e não encontram com as tuas.
Baby, és tão diferente de mim, e mesmo assim já sonhei e chorei por você.
Meu coração está começando a bater de um jeito que não deveria quando falo contigo.
Dê o ultimo trago em sua bebida meu amor, pois a noite é longa e só temos poucos minutos.
Quando se vai, ou apenas não vem, fica com uma parte minha de que nem sabe existir. E talvez nem exista mesmo.


rs


P.

27 de julho de 2010

Inspirada no filme: Inimigo meu

Sentir. Sentimos. Uns mais intensamente, outros menos. Tenho isso em mim, sempre sinto de mais. Meus sentimentos são todos a flor da pele e ardem como estar perto de mais de uma fogueira. Sinto continuamente aquele vazio, aquele que o ser humano sempre sentirá, sendo bicho tão individual e separatista. Sinto o não sentido da vida, sinto toda crueldade, e em volta minhas dúvidas existêncialistas pairam sem que me pareçam menos importantes. Estamos tão sós em corpos separados em almas livres. Sinto as vezes o amor de implodir órgãos. Sinto a frieza e a quentura. Sinto que posso tocar o céu e cair numa vala qualquer a qualquer momento. Quando passo na rua e ninguém me olha, logo sinto que estou carente. Quando não há nada de novo pra mim, me sinto fria e distante, talvez até esquecida. As vezes sinto até que não faço por merecer o lugar ao qual pertenço. E quando isso acontece sinto-me chorosa e perdida. Ai quando amanhece o dia, sinto me indiferente até começar a sentir de novo. Sinto-me muito musical, e muito IMPOTENTE. Todos eles sempre muito aflorados, muito unânimes tomando conta de mim. Estou sempre sentindo que posso fazer algo por alguém, porém me pergunto: cadê um colo, que me segure forte e me diga que sou a única, que acaricie meus cabelos e sinta meu cheiro? Sinto ter controle de mim, e quando passo da dose em que deveria ter parado, sinto que o perdi totalmente.
Fico me perguntando, se algum dia, terei alguém que sinta algo por alguém como eu: um sentimento personificado.
É... estou me sentindo meio Monique hoje.

Boa noite

De Pagu para Pagu

- Não precisa ser um sentimento sensato, nem igual a penúltima, só verdadeiro, imploro dessa vez.
- Não é um sentimento, é só uma sensação.
- As vezes eu acho o meu cabelo macio, o dele deve ser mais macio, o dele deve ser mais, é que meu coração cede espaço e ele apareceu como uma caixa de papelão propícia para um lixo qualquer.
- Seu coração, hm, ossos fracos, abusa dos gritos para que não sinta o som do oposto que quer, por estar fraca.
- O chamei e quis que fosse...
- O coração se move depressa quando se esta imóvel, como o desmaio, o sono, a cegueira, enfim, mas só a base da inconsciente burrice que esta intoxicado.
REPITA: Nada acontece e se move.

Espasmos

Meus olhos estão sentimentais hoje.
E seus sentimentos estão concentrados.
Tremer.

26 de julho de 2010

"Time to live. Time to lie. Time to laugh. Time to die.
Take it easy, baby. Take it as it comes. Don't move too fast if you want your love to last.
You've been movin' much too fast
Time to walk. Time to run. Time to aim your arrows at the sun.
Go real slow. You like it more and more. Take it as it comes.
Specialize in havin' fun
Take it easy, baby. Take it as it comes. Don't move too fast if you want your love to last.
You've been movin' much too fast."


(Take it as it comes - The Doors)


J

A você, JRM.

A proteção pungente
Ela não podia olhar para seu pai quando ele tinha uma alegria. Porque ele, o forte e amargo, ficava nessas horas todo inocente. E tão desarmado. Oh Deus, ele esquecia que era mortal. E obrigava a ela, uma criança, a arcar com o peso da responsabilidade de saber que os nossos prazeres mais ingênuos e mais animais também morrem. Nesses instantes em que ele esquecia que ia morrer, ele a tornava a Pietà, a mãe do homem. (Clarice Lispector)
Meu mundo e nada mais
Quando eu fui ferido vi tudo mudar/Das verdades que eu sabia/Só sobraram restos e eu não esqueci/Toda aquela paz que eu tinha/Eu que tinha tudo hoje estou mudo, estou mudado/À meia-noite, à meia luz, pensando/Daria tudo por um modo de esquecer/Eu queria tanto estar no escuro do meu quarto/À meia-noite, à meia luz, sonhando/Daria tudo por meu mundo e nada mais/Não estou bem certo se ainda vou sorrir/Sem um travo de amargura/Como ser mais livre, como ser capaz/De enxergar um novo dia. (Guilherme Arantes)
P.A.
(Tenho seu sangue, mas não sou você.)

Saber quando não está em casa

Todas as pessoas muito parecidas, o lugar era bom, uma banda também, mas eu desejava ficar sentada a noite inteira com aquele som misturado com barulho, confesso que uma das únicas coisas que salvaram a noite, foram minhas drugues, mas eu não deixava de pensar na R, na nossa casa e no R.
Lembrei vagamente da primeira vez que fui lá. A R. me convidou por msn, já tínhamos saído antes, com alguns amigos em comum, mas eu era inerte demais para aquele tipo de pessoa.

Ela já segurou meu cabelo um dia no shopping, pra eu vomitar. E já a ouvi dizendo: "Eu te amo Caju... ". Havia passado um ano que eu só saia sozinha, geralmente pro CCSP, usava um óculos estranho e não queria saber de ninguém, mas senti em toda parte do meu cérebro: "Eu queria tanto que ela me amasse também".
Esse seu sorriso lindo e tão presente.

Voltando ao convite a minha futura casa.
A lembrança não é muito clara, mas aquele cara atrás do balcão, como já foi dito, me tragou os fracos sentimentos que eu possuo, maravilhosamente.

E quando estava eu na noite passada, em uma casa de show qualquer, vendo alguns garotos que conhecemos na nossa casa, o único desejo que me apossava era o de estar em lá, com todos.
Ouvir mais uma vez aquela solução de duas vozes cantando, indo em direção a saidera, vendo as sombras no caminho já decorado, e sentindo nenhum desejo além do de ficar ali até o quanto me quisessem.

Me perdoem a falta de clareza no texto novamente.
Quero sentir sempre a sensação de estar no lar, e não mais a falta de vocês, Rfilha&Rpai.

P.

24 de julho de 2010







Tá legal, eu sei que doses e mais doses não fazem muito bem.



Mas eu não resisto.



R.

Havia três garrafas de vidro cor de selva sobre a mesa.

— Garçom, por favor, quanto tá a Heineken mesmo?
— R$4,90.
— Hm... E a Brahma?
— R$4,50.
— Ok. Então... Me traz uma Skol?

.

Ay, Caju, você me diverte.

R.

Coisas Que Já Sabia...

...mas eu nunca lembro de tudo, não é?

- A última coisa que Jackie faz antes de dormir é verificar se todas as portas estão trancadas;
- Jackie morre de saudade da torta holandesa da ULM;
- Não ter nascido como um chinês baixinho é uma de suas decepções*;
- Jackie tem um codinome: Barney;
- Jackie gostaria de estar em um só lugar: Home 'suit' home.

*aruinando o lema 'mate um chinês e plante uma árvore'. Ou queria Jackie dar seu lugar ao verde?

Mi amas Jackie.

The Host Quotes

"Era muito relaxante estar longe da civilização, e isso me incomodava. Eu não deveria pensar na solidão como algo tão bem-vindo. Almas são sociáveis."

"— Seus olhos estão vermelhos — ele murmorou. — Ele foi cruel com você?
— Não — respondi. Afinal de contas, as pessoas não eram intencionalmente cruéis com ratos de laboratório, elas só queriam informações."

"[...]
— Você não se sente assim por mim, sabe? — murmurei. — É esse corpo... Ela é bonita.
Ele assentiu. — É sim, Melanie é uma garota bonita — sua mão se moveu para o lado machucado do meu rosto, acariciando-o com dedos gentis. — Apesar do que eu fiz com o rosto dela.
Normalmente, eu teria negado automaticamente. Eu o teria lembrado de que os ferimentos no meu rosto não eram culpa dele. Mas eu estava tão confusa que minha cabeça girava e eu não era capaz de formar sequer uma frase coerente.
Por que me incomodava o fato de ele achar Melanie bonita?
Boa pergunta. Meus sentimentos também não estavam claros para ela.
Ele afastou meu cabelo da testa.
— Mas, por mais bonita que ela seja, ela é uma estranha pra mim. Não é por ela que eu... Não é com ela que eu me importo.
Isso me fez sentir melhor. O que era ainda mais confuso.
— Ian, você não... Ninguém nos separa da forma que deveria. Nem você, nem Jamie, nem Jeb — a verdade saiu num sopro, mais intensa do que eu pretendia. — Você não poderia se importar comigo. Se você pudesse segurar a mim em suas mãos, a mim, você ficaria enojado. Você me jogaria no chão e pisaria em cima.
Sua testa pálida se franziu e suas sobrancelhas negras uniram-se. — Eu... Não se eu soubesse que era você.
Eu ri sem humor. — Como você saberia? Você não seria capaz de nos diferenciar.
Os cantos de sua boca desceram.
— É só o corpo — repeti.
— Isso não é verdade — ele discordou. — Não é o rosto, mas as expressões nele. Não é a voz, mas o que você diz. Não é como você fica nesse corpo, mas o que faz com ele. Você é linda — ele se moveu para frente enquanto falava, ajoelhando-se da cama onde eu estava e pegando minhas mão entre as suas. — Eu nunca conheci alguém como você.
Eu suspirei. — Ian, e se eu tivesse vindo pra cá no corpo da Magnolia¹?
Ele fez uma careta e sorriu. — É uma boa pergunta... Eu não sei.
— Ou no corpo de Wes²?
— Mas você é fêmea — você é.
— E sempre pedi um hospedeiro equivalente em todos os planetas em que vivi. Me pareceu mais... apropriado. Mas eu poderia ser colocada num corpo masculino e tudo funcionaria tão bem quanto funciona neste aqui.
— Mas você não está num corpo de homem.
— Viu? Essa é a questão. Corpo e alma. No meu caso, duas coisas completamente diferentes.
— Eu não ia querer o corpo sem você.
— Você não ia me querer sem ele."

"Ah, a finalidade da coisa. Sim, eu morreria neste corpo. A morte final.
E eu nunca mais viverei nele outra vez, Melanie suspirou.
Não é como nenhuma de nós planejou o futuro, não é?
Não. Nenhuma de nós planejou não ter futuro."

"— Você não acha então que deveria aproveitar ao máximo o tempo que tem: que deveria viver enquanto está viva?"

"— Onde ela está?
— Ela quer ficar só. Deixe-a.
— Não fique no meu caminho, Howe.
— Você acha que ela quer conforto de você? De um humano?
— Eu não fiz parte disso...
— Não dessa vez. Você é um de nós, Ian. O inimigo dela. Você ouviu o que ela disse lá? Ela gritava 'monstros'. É assim que ela nos vê agora. Ela não quer o seu conforto.
— Me dá a luz.
Eles não falaram outra vez. Um minuto se passou e eu ouvi passos de alguém circulando o cômodo, seguindo pelas paredes. Eventualmente, a luz me iluminou, deixando minhas pálpebras vermelhas de novo.
Me pressionei contra a parede, esperando que ele me tocasse.
Houve um pequeno suspiro, e então o som dele sentando-se sobre a rocha, não tão perto quando eu presumi.
Com um clique, a luz desapareceu.
Eu esperei em silêncio que ele falasse por um bom tempo, mas ele estava tão silencioso quanto eu.
Finalmente, eu parei de esperar e voltei ao meu luto. Ian não me interrompeu. Eu fiquei ali, sentada na escuridão da grande caverna, e lamentei pelas almas perdidas com um humano ao meu lado."

A grosso modo: ¹Magnolia: velha enrugada; ²Wes: menino magrelo.

S. M.

Não Compro Essa, Baby

Pus meu braço em torno dela quando estávamos prestes a nos separar.

"Viu?", ela perguntou. "É isso aqui que eu quero, que eu gosto. Telefone não conta".

Tudo bem Caju. Mas, apesar de ter razão, você é muito boa em arranjar desculpas por não atender aos meus telefonemas.

R.

Diminuto

"[...]Não quero o apego
e a solidão não me incomoda.
O barco vai sobre a água.
Eu sobre o barco.
O céu sobre minha cabeça.
A cabeça que fica
a pensar o que não deve
pensar.
[...]
Estou só, e qual o problema?
Devo resolver,
a solidão é vaga.
[...]
Quero ver,
mas não posso.
Existe uma trava,
e só vozes ouço[...]"

Jackie, avise ao John que isso foi genial (ou pelo menos, espero ter entendido da maneira correta).

E olha que coincidência:

R de Rudi & R de Rivotriller;
J de John & J de Jackie.

Nada de extraordinário, e assim é bom. Assim, diminuto.
Porque se fosse assim, extraordinário, não seria tão fascinante.

R.

22 de julho de 2010

Como prometi queridas, depois eu coloco na íntegra.

"(...)A minha frente símbolos,
profanos e rústicos.
O negro de sua camisa,
a beleza de sua vida.
A luta do profano,
a bandeira do diferente.
Menino seguia,
a sua volúpia.
Releia seus livros.
Cumpra o 'bem'.
Observe o mar.
Sorria amigos.

De Jonh
Parah Jackie*"


Trocadilho intraduzível, rsrs
Nós não somos bastantes.
Nem nos bastamos.
Mas
Somos o bastante.

J

Será?


Caju - Ah, que nojo, um anão verde ta comendo ela!
Jack&Pagu - É O YODA!

21 de julho de 2010

Egoísta

Perdi a coragem. Eu me ajeitei naquela cadeira dura e respirei o possível, me concentrei em lembrar teu numero e liguei. Mas eu não consegui. Pensei em gritar e implorar para você me entender, mas não deu, eu fiquei covarde, e mudei de ideia. Sobraram alguns... Morcegos de ontem... Eles estão trancados. E isso esta me matando. Ta fazendo tudo doer da pior maneira possível. E está fazendo eu me perder de tudo, de mim, e o pior, de vocês.
Olha só, também sou egoísta. Mas estou sem voz para exigir qualquer coisa. Não quero exigir. Mas ta doendo, porque nada cai bem, e aquela luzinha não acende. Sei que é estranho, porque hoje mesmo eu estava com vocês e estava bem, mas todos somos um pouco bipolar. Não sei porque estou escrevendo isso... Devia esperar o momento passar, e eu me acalmar. Mas talvez esse seja o melhor jeito, me comunicando.
Eu falei sério quando disse que tinha ficado apavorada na terça... -vocês também ficaram eu sei- Mas eu só senti o quanto, quando eu cheguei em casa (depois de escutar algumas da minha mãe), e fechei os olhos... e toda aquela tontura, a tremedeira, e o medo voltaram e eu quase arranquei um pedaço da minha mão. Devia ter parado á muito tempo. Confissões na pia nunca dão certo...
É estranho o tempo todo desejar estar encostado na porta do banheiro...



Não vou assinar.... Porque no fundo vocês sempre sabem quem escreve o que.
Após esse texto inútil (que provavelmente eu vou apagar), só para não perder o costume... Boa noite. Mi Amas Vi.
Ah, baby...

Eu sei que lhe tenho cobrado muito, mais do que devia. Mas é que eu sinto a sua falta. Só isso.

Mas não poder te abraçar quando eu sei que você precisa é o que dói mais.

Mi amas vi.

R.
Tenho a desgraçada mania de pensar que a todo pequeno espaço de tempo, no mesmo momento, muitas pessoas recebem alguma notícia que as surpreendem de diversas formas, eu não lembro quando recebi a minha hoje, mas não "caiu a ficha" na hora, caiu agorinha.
Acordei sem esperar por isso, claro, estava com pessoas que eu quero estar a todo momento.
Eu vi fotos suas com a progenitora, vi um semblante diferente daquele que eu presenciava e montava em você.
Me magoei por se importar, depois de tantas palavras inesperadas, e por me importar logo após daquela frase que eu não conseguia ouvir direito ao telefone.
"Então, não vamos mais ficar de mal não é?" "Vamos ficar de bem?"
Sei que sou fraca, e por mais que essa ação involuntária seja contrária as minhas "ideologias", deveria ser fácil pra eu "ficar de bem" com você, mas não vai ser, eu estou me esforçando, como nunca fiz com você.
Eu costumo tocar todos os dias, coisas que você me ensinava, costumo ler o que você me dizia, levo na bagagem algumas de suas dicas, e no coração embalos controlados e magoados, não tive raiva, sempre fiquei triste.
Eu gostaria que me perdoasse, por cobiçar tanto a minha liberdade e te achar tão banal.
Eu não sei se chorei por causa que seu novo semblante me contou que não havia mais tanta banalização como antes.
Eu te perdoo por ter certeza que me amava.

P.

20 de julho de 2010

Maldito Nicolau

Poxa.... Eu sempre luto para ficar bem pra cuidar de vocês.... E justo dessa vez, eu não consegui. Oh queridas me desculpem... o que me deixou mal de verdade não foi tudo.... Mas sim saber o que estava acontecendo lá em cima.... Escutar sua respiração ofegante quando eu nada podia fazer porque também estava morrendo no banheiro lá em baixo....
Faço tudo por você minha pequena... E sei que tudo vale a pena quando te vejo acordar... E a primeira coisa que escuto é "Jackie você ta bem?".
Amo-te perdida e irremediavelmente.
Uma nova Era está por vir. Será ela venenosa?

Beijos de boa noite oferecidos por Caju.
Memórias de um momento de delícias parte II

Situação:
Caju e seu pai estão no carro, a caminho de um exame de sangue não desejado e que poderia ter sido mal interpretado.

Caju: -Vou por meu mp3 pra tocar ai tá?
Pai: Tudo bem, contanto que não sejam aquelas músicas do inferno!
C: Tá bom...Vou por Ozzy.
P: Ozzy Osbourne. Osbourne. Osbourne. Legal esse nome, não?

Moral da história: Osbourne, assim como minhoca, combina perfeitamente com o que representa.

C.
Memórias de um momento de delícias parte I:

Vó: Ah... dia 25 vai ter a festinha da Daniele...
Caju: Não vai dar pra eu ir vó... Vou a um show.
V: Ah é? De quem?
C: É a banda de um amigo (hhmmmm) meu.
V: Olha só! Vai ter banda, que chique ein!

Moral da história: Show é o nome popular dado a apresentação de uma ou mais bandas.

C.
Peço as navegantes que leiam com atenção.
Estou a bordo, sem lenço, sem documento, e muitas vezes venho sozinha.
Fui acolhida a tripulação e aqui ando e desando, levando e deixando.
A muito não sei se navego pelo mar, ou se no reflexo do céu, dois que parecem me acariciar ora com o brilho das estrelas ora me chicoteando com ondas estrondosas. Não venho carregando desculpas nas mãos como fiz a uns (muitos) escritos atrás, carrego algo muito mais complexo e exigente. Aliás, não carrego, peço que carreguem para mim, carreguem a compreensão de que muitas vezes o mar não está para peixe, assim como minhas mãos muitas vezes só srvem para acender um cigarro. Peço também que não levem o navio sozinhas. De certa maneira, me sinto como alguém jovem e inexperiente, que a alma não se cala, mas as palavras que saem não se propagam por serem sempre soltas no vácuo que por ora vem me acalentar.
Tenho tido calma ultimamente. Uma calma que me invade lentamente seguindo de meus pés até as pequeninas ligações neurológicas.
Uma curiosidade: Me chamam de passarinho por aqui. É , pois canto e cantarolo a todo momento. Muitas vezes esquecem-se de quem sou, e fazem das palavras amargas que saem como um grande afluente negro das bocas, as grades da gaiola. Assim estou. Livre para cantar, mas presa pra voar. Tenho acolhido até que bem esse fato. Conto que as coisas acontecem do seu modo, e eu fico usando minha máquina do tempo, que funciona somente dentro da minha cabeça, como se pudesse mesmo usa-la.

Queria poder abraçar cada uma de vocês capitãs, e sussurrar-lhes palavras macias. Há de chegar o tempo em que nadarei contra a corrente, ou simplismente aprendrei a planar bem perto das nuvens.
Por enquanto deixo-as com minhas raras palavras e meu grande e maltrapilho amor.
Deixo-lhes a Parola.

Marujo Caju

19 de julho de 2010

— Qual das quatro é você? R?
— Sim, sim, sim.
— Ah, então você é a reclamona...

.

Faz parte...

R, amando o legado de Alex
Acordei meio sem vontade achando que minha mãe ainda estava em casa às dez. Não estava. Estava eu ouvindo coisas? Enlouquecendo? Já me perguntei isso tantas vezes sem achar resposta alguma que acho que comecei a enlouquecer, de certa maneira, só por me perguntar a mesma coisa, se eu estava louca, de novo e de novo. E minha mãe não estava em casa.
Estava sem vontade de comer, com preguiça de procurar por algo pra me encher o estômago. Só fiz uma xícara enorme de café. "Isso faz mal", minha mãe fala. Ela fala e fala e fala... Porra. Irrita.
Peguei dois ônibus. Não sei porque dois, acho que eu estava com receio de me atrasar, mesmo que sempre acabe chegando vinte minutos antes do meu horário. Cheguei dez dessa vez. Mas o café de lá é ruim. E não posso sair pra fumar. Tédio.
Tentei falar com eles, três deles. Com um eu eu consegui, e acho que esse é o que mais me tolera. Os outros dois deviam estar procurando algo com que se matar lentamente. Devem ter achado, já que não me responderam. Ah, e o tédio.
Saí. Gritavam na minha orelha. Vi que é mais fácil ignorar do que eu imaginava. Aquele bafo do ônibus de quando fecham as janelas estava lá, nojento. Conversavam ao meu lado, eu ouvia as vozes por baixo da voz do californiano com cara de inglês que toca gaita. Que bosta, preferia só a voz dele, por cima do absoluto silêsncio.
Lembrei deles de novo.

Morcegos enlouquecidos no meu estômago, acontecia o mesmo que acontece quando corto cebola.

Nó na garganta.

Paranoia, crueldade, flagelação.

Foda-se. E boa sorte.

Silêncio

Vamos só observar o céu,
por enquanto, é tudo
que importa.
E o resto...
Pode esperar.
J

Além do Ponto - Caio Fernando Abreu

Chovia, chovia, chovia e eu ia indo por dentro da chuva ao encontro dele, sem guarda-chuva nem nada, eu sempre perdia todos pelos bares, só levava uma garrafa de conhaque barato apertada contra o peito, parece falso dito desse jeito, mas bem assim eu ia pelo meio da chhuva, uma garrafa de conhaque na mão e um maço de cigarros molhados no bolso. Teve uma hora que eu podia ter tomado um táxi, mas não era muito longe, e se eu tomasse um táxi não poderia comprar cigarros nem conhaque, e eu pensei com força então que seria melhor chegar molhado da chuva, porque aí beberíamos o conhaque, fazia frio, nem tanto frio, mais umidade entrando pelo pano das roupas, pela sola fina esburacada dos sapatos, e fumaríamos beberíamos sem medidas, haveria música, sempre aquelas vozes roucas, aquele sax gemido e o olho dele posto em cima de mim, ducha morna distendendo meus músculos. Mas chovia ainda, meus olhos ardiam de frio, o nariz começava a escorrer, eu limpava com as costas das mãos e o líquido do nariz endurecia logo sobre os pêlos, eu enfiava as mãos avermelhadas no fundo dos bolsos e ia indo, eu ia indo e pulando as poças d'água com as pernas geladas. Tão geladas as pernas e os braços e a cara que pensei em abrir a garrafa para beber um gole, mas não queria chegar na casa dele meio bêbado, hálito fedendo, não queria que ele pensasse que eu andava bebendo, e eu andava, todo dia um bom pretexto, e fui pensando também que ele ia pensar que eu andava sem dinheiro, chegando a pé naquela chuva toda, e eu andava, estômago dolorido de fome, e eu não queria que ele pensasse que eu andava insone, e eu andava, roxas olheiras, teria que ter cuidado com o lábio inferior ao sorrir, se sorrisse, e quase certamente sim, quando o encontrasse, para que não visse o dente quebrado e pensasse que eu andava relaxando, sem ir ao dentista, e eu andava, e tudo que eu andava fazendo e sendo eu não queria que ele visse nem soubesse, mas depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo percebendo, por dentro da chuva, que talvez eu não quisesse que ele soubesse que eu era eu, e eu era. Começou a acontecer uma coisa confusa na minha cabeça, essa história de não querer que ele soubesse que eu era eu, encharcado naquela chuva toda que caía, caía, caía e tive vontade de voltar para algum lugar seco e quente, se houvesse, e não lembrava de nenhum, ou parar para sempre ali mesmo naquela esquina cinzenta que eu tentava atravessar sem conseguir, os carros me jogando água e lama ao passar, mas eu não podia, ou podia mas não devia, ou podia mas não queria ou não sabia mais como se parava ou voltava atrás, eu tinha que continuar indo ao encontro dele, ou podia mas não queria ou não sabia mais como se parava ou voltava atrás, eu tinha que continuar indo ao encontro dele, que me abriria a porta, o sax gemido ao fundo e quem sabe uma lareira, pinhões, vinho quente com cravo e canela, essas coisas do inverno, e mais ainda, eu precisava deter a vontade de voltar atrás ou ficar parado, pois tem um ponto, eu descobria, em que você perde o comando das próprias pernas, não é bem assim, descoberta tortuosa que o frio e a chuva não me deixavam mastigar direito, eu apenas começava a saber que tem um ponto, e eu dividido querendo ver o depois do ponto e também aquele agradável dele me esperando quente e pronto.Um carro passou mais perto e me molhou inteiro, sairia um rio das minhas roupas se conseguisse torcê-las, então decidi na minha cabeça que depois de abrir a porta ele diria qualquer coisa tipo mas como você está molhado, sem nenhum espanto, porque ele me esperava, ele me chamava, eu só ia indo porque ele me chamava, eu me atrevia, eu ia além daquele ponto de estar parado, agora pelo caminho de árvores sem folhas e a rua interrompida que eu revia daquele jeito estranho de já ter estado lá sem nunca ter, hesitava mas ia indo, no meio da cidade como um invisível fio saindo da cabeça dele até a minha, quem me via assim molhado não via nosso segredo, via apenas um sujeito molhado sem capa nem guarda-chuva, só uma garrafa de conhaque barato apertada contra o peito. Era a mim que ele chamava, pelo meio da cidade, puxando o fio desde a minha cabeça até a dele, por dentro da chuva, era para mim que ele abriria sua porta, chegando muito perto agora, tão perto que uma quentura me subia para o rosto, como se tivesse bebido o conhaque todo, trocaria minha roupa molhada por outra mais seca e tomaria lentamente minhas mãos entre as suas, acariciando-as devagar para aquecê-las, espantando o roxo da pele fria, começava a escurecer, era cedo ainda, mas ia escurecendo cedo, mais cedo que de costume, e nem era inverno, ele arrumaria uma cama larga com muitos cobertores, e foi então que escorreguei e caí e tudo tão de repente, para proteger a garrafa apertei-a mais contra o peito e ela bateu numa pedra, e além da água da chuva e da lama dos carros a minha roupa agora também estava encharcada de conhaque, como um bêbado, fedendo, não beberíamos então, tentei sorrir, com cuidado, o lábio inferior quase imóvel, escondendo o caco do dente, e pensei na lama que ele limparia terno, porque era a mim que ele chamava, porque era a mim que ele escolhia, porque era para mim e só para mim que ele abriria a sua porta.Chovia sempre e eu custei para conseguir me levantar daquela poça de lama, chegava num ponto, eu voltava ao ponto, em que era necessário um esforço muito grande, era preciso um esforço muito grande, era preciso um esforço tão terrível que precisei sorri mais sozinho e inventar mais um pouco, aquecendo meu segredo, e dei alguns passos, mas como se faz? me perguntei, como se faz isso de colocar um pé após o outro, equilibrando a cabeça sobre os ombros, mantendo ereta a coluna vertebral, desaprendia, não era quase nada, eu mantido apenas por aquele fio invisível ligado à minha cabeça, agora tão próximo que se quisesse eu poderia imaginar alguma coisa como um zumbido eletrônico saindo da cabeça dele até chegar na minha, mas como se faz? eu reaprendia e inventava sempre, sempre em direção a ele, para chegar inteiro, os pedaços de mim todos misturados que ele disporia sem pressa, como quem brinca com um quebra-cabeça para formar que castelo, que bosque, que verme ou deus, eu não sabia, mas ia indo pela chuva porque esse era meu único sentido, meu único destino: bater naquela porta escura onde eu batia agora. E bati, e bati outra vez, e tornei a bater, e continuei batendo sem me importar que as pessoas na rua parassem para olhar, eu quis chamá-lo, mas tinha esquecido seu nome, se é que alguma vez o soube, se é que ele o teve um dia, talvez eu tivesse febre, tudo ficara muito confuso, idéias misturadas, tremores, água de chuva e lama e conhaque batendo e continuava chovendo sem parar, mas eu não ia mais indo por dentro da chuva, pelo meio da cidade, eu só estava parado naquela porta fazia muito tempo, depois do ponto, tão escuro agora que eu não conseguiria nunca mais encontrar o caminho de volta, nem tentar outra coisa, outra ação, outro gesto além de continuar batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, batendo, na mesma porta que não abre nunca.

De J para J

"Momento
E sua ilusão.
O amanhã
E sua imaginação.
O ontem
E nossa dor.


O que dizer
Deste espaço,
Sou distante,
Nesse instante.


Só um sorriso
Me animou,
Mas que sorriso
É esse?


Quando acalmarei
Meus impulsos.
O discurso é bonito
e inócuo.


Nestas palavras
Passo o tempo.
Quero o mato,
E sorrir para a pedra,
Para a agua.
Tentar ser parte destes,
Mas e o ego, onde o guardo?

Estou a procura,
Há muito tempo ,
Algo me incomoda.
Talvez o comodo
Do burguês, do ser
Que tem vontades,
mas as pessoas
diminuíram e
continuam diminuindo
em meus dias.

Até o que escrevo,
Tem que ser belo.
Por que?
Por que rimas?

Da vaca que livro
da morte.
Do costume estranho,
Que aprendi na vida,
E não pelos meus pais,
Quem será meus pais?

Pobre pai João.
Tanto sofre, mas logo mais
Nem saberá quem é.
O tempo cuida de todas
as matérias e a inteligência.

O antigo ator,
Belo e forte,
Hoje na cadeira,
No hospital só espera o ultimo suspiro.
Ficará nas máquinas,
Que inventamos
para enganar a morte.

Tolo engano,
Serei mais um tolo.
Os aborrecimentos
que nos causam
a falta, e o excesso.

Não quero o apego,
e a solidão não incomoda.
O barco vai sobre a agua.
Eu sobre o barco.
O céu sobre minha cabeça.
A cabeça fica,
A pensar, o que não deve
pensar.

Existo, não tenho dúvidas.
Para que mais as coisas se resolvam
por si só.
Estou só e qual o problema.
Devo resolver,
A solidão é vaga.


O costume estranho
As minha filhas aprenderam
Fico grato, pela paz,
da vida e do amor.
A dor não é dor,
e sim o pensar sobre a dor.

As palavras não tem
sentido ou função.
Tentam apenas expressar,
O que não tem expressão.
Tenta dizer,
O que não pode ser dito.
Sonha,
O que não se deve sonhar.

Calar e perceber
O som do silêncio.
O que não vejo,
O que não ouço,
O que não sinto.


O agora já passou,
O passado retornou,
No mesmo barco estou.
Continuo olhando pro céu.
O véu que me cobre,
Segue o infinito.
Bonito o horizonte.
Não existe pontes,
Que me leve lá.

Procura-se tesouros,
ouros, carícias.
A malícia humana,
Do bem material.
Afinal o que resta,
A não ser passar o tempo.

Tento, tento, tento.
Esquecer as magoas
do passado,
Não pretender as magoas
do futuro.


Quero ver, mas não posso.
Existe uma trava,
E só vozes ouço.

A minha frente
Símbolos,
Profanos e místicos.
O negro de sua camisa,
A beleza de sua vida.
A luta da profano,
A bandeira do diferente.

Menino segura,
A sua volúpia.
Releia seus livros.
Cumpra o bem.
Observe o mar.
Sorria amigo.





Parah Jack*"
(Agora na íntegra)
J. de Jonh que escreveu para J. de Jackie...
*Trocadilho intraduzível. rsrs

18 de julho de 2010


Olha, Jackie ._. O Miolla é do The Kills e não contou nada...
Motherfucker.
R.

Ai Se Sesse

"A gente veio lá do sertão de Pernambuco, de uma cidade chamada Arco Verde. O poeta Zé da Luz, do início do século escreveu uma poesia — porque disseram pra ele que para falar de amor era necessário um português correto —, e aí Zé da Luz escreveu uma poesia chamada 'Ai Se Sesse', que diz assim:

'Se um dia nois se gostasse;
Se um dia nois se queresse;
Se nois dois se empareasse,
Se juntim nois dois vivesse!
Se juntim nois dois morasse;
Se juntim nois dois drumisse;
Se juntim nois dois morresse!
Se pro céu nois assubisse,
Mas porém, se acontecesse de
São Pedro não abrisse
A porta do céu e fosse
Te dizer quarquer tolice?
E se eu me arriminasse
E tu com eu insistisse
Pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse,
E o bucho do céu furasse,
Tarvez que nois dois ficasse,
Tarvez que nois dois caísse;
E o céu, furado, arriasse
E as virge toda fugisse!?'"

R, ouvindo Cordel do Fogo Encantado

Boa Noite

Preciso de fatos.

Eu sei quem vocês são. Pagu é a Tropicália da Tertúlia; Caju é a farofa da Tertúlia. Pagu e Caju são também boa parte do que não sou. Ainda bem porque, assim, a gente se completa. Até aí, legal.

Mas o negócio é seguinte: não quero só saber quem vocês são. Quero ter quem vocês são. Meu arsenal de memórias modernistas e acajuzadas está escasso. Bem menos vasto do que eu queria. Se ao menos eu pudesse rezar — e eu tentei, queridas —, vocês voltariam pra casa. Pra mim. Meu globos oculares estão criando vida própria, querendo ver vocês.

Vocês me deram boa noite, porque ainda não era a hora de dizer adeus.

Eu até gosto da escuridão, que nunca me incomodou, pelo contrário. Acontece que essa noite está se revelando muito, muito longa.

R.

Não Quero III

— Mas e o seu fim de semana, foi bom?
— Foi, mas passou rápido demais. Amanhã é segunda feira...
— Putz, é verdade... Maldita rotina.
— Nem me fale... 5 anos nessa merda. Estou cada dia com mais vontade de sumir na escuridão.
— Porra... 5? Isso é tempo pra caramba.
— É. E não adianta. Você só se dá conta de que a rotina é foda mesmo quando entra na sua área. No fim, não tem essa de trabalhar por amor, a não ser que o negócio seja seu.
— O problema é ficar fazendo o que mandam, não é? Rotina mesmo, no fim das contas, é engolir sapo.
— É bem isso. Na verdade, 50% trabalho, 50% sapos.
.

Que porra, hein.

R.

Sem Que Me Ensines

Um dia, um dia normal de ano letivo, lá estava ela, descendo as escadas para chegar na porta da cantina e decidir que, no fim das cntas, não estava mesmo com fome. Quando a vi, fiquei feliz. Ela estava deixando de ser um dinossauro da nossa imaginação. Ou não. Corri para abraçá-la. Ela se retraiu.

"Er... R, quatro centímetros", ela disse. Parei meu abraço nos 3/4. Ela não sabia, e não sabe, ainda, mas depois que ler isto aqui, vai descobrir que doeu um pouco.

Daí em diante passei a vestir algo que não me cai bem, mas que é quase obrigatório nesse meu traje de covarde. Comecei a usar cautela.

"Quatro centímetros?", eu sempre perguntava antes de me aproximar.

Sei que aquela dor dos 3/4 de abraço foi nada mais que uma parte do meu esgoímo e da minha cruel autoflagelação espontânea.

Mas agora ela vai saber que eu não vou mais perguntar, e se eu ficar nos 3/4 outra vez, a efemeridade da dor será tão óbvia que eu não vou nem perceber a alfinetada, já que eu sei que ela não é como eu — egoísta —, e, às vezes, precisa de espaço.

Essa coisa patética, bichona que é o amor, deixa a gente confuso, não é? Mas agora que eu percebi, percebam também: ele faz a gente entender certas coisas, ou, melhor dizendo, certas pessoas, de maneira bem mais clara (e não egoísta).

"Tasteless lead sitting on our tongues
And we have to worry
More about the ones we love"

[The Mountain]

R.
Recebi um aviso:

"Você recebeu mensagens enquanto estava offline".

Lá estava eu tipo, "wooo".

"O que será?", pensei. "Ela deve ter visto o californiano com cara de inglês tocando gaita... Que bom".

Mas era sobre outra coisa. Uma coisa estranhamente inspiradora. O motivo pelo qual ela não me deu o primeiro inhame no posto de gasolina quando estavamos com R de Rudi tomando (mais) cerveja. E eu fiquei inspiradoramente feliz. Ah, mesmo sendo egoísta, eu sempre fico feliz por ela estar feliz...

Refleti. Cheguei a me perguntar o motivo de ela não ter falado nada no telefone. É... "Você não está no computador?", ela perguntou. Entendi. Benditas cópias originais...

E aí, Jackie? Foi azedo o suficiente?

Esperando muito que sim, R.

[hm, pêsssssego]

Frakly, My Dear...

The lack of inches between us is worth to keep me alive.

And I do give a damn... about all that sickness, deep inside.

To Jackie,
R.

Vermelho

"Gostar de ver você sorrir
Gastar das horas para ter ver dormir
Enquanto o mundo roda em vão
Eu tomo o tempo
O velho gasta a solidão
Em meio aos pombos na praça da sé
O por do sol invade o chão do apartamento."

Um dia normal, quente e branco. Belo. Vocês teimaram em virar pessoa física, então fui com vocês, eu pessoa biológica e química. Andando naquele chão sujo e grudento, aproveitamos a bela paisagem. Tão bela quanto qualquer outra. E alí no canto, encostado na parede preta, sentado na calçada, um homem. Um de verdade, não uma formiga disfarçada. Com mãos machucadas e um rosto encardido. Um que tanto deve ter caminhado na ponta dos pés, como quem pisa nos corações, que surgiram nos cabarés. Ele levantou o mão, e a levou á boca. E aquilo que talvez fosse seu único prazer, sua alegria, um trago. Ele preencheu seus pulmões com um ar não tão sujo como o que me rodeava. Com o olhar distante. Aquele pequeno homem que como ninguém deve entender the forlorn rags of growing old. Vestido em trapos, nem suspeitou que certa garota o observava. Que durante os dois segundos que ela o viu, quis ser ele, com aquele cigarro, quis ser aquela fumaça para entrar em sua cabeça e compreende-la como nem mesmo ele deve fazer.
Aquele homem nunca mais foi visto, e talvez nunca tenha sido. Mas ela o vê ainda, e como no momento, ainda gostaria de ser aquela fumaça assassina para correr por ele e ver o mundo pelos pequenos olhos amarelados de um homem comum, sentado na praça da sé, com um cigarro barato e o corpo cansado. Ver que tudo pode retroceder e aquele homem pode ser eu, no fundo da alma a solidão, e um frio que suplica o aconchego.

Jackie


Sentimentalismo e "poetismo" demais, mas esta valendo.
[Vermelho, Vanessa da mata]
A cor mais bonita.

Cantinho da Felicidade

O tão querido frio secou o chão para eu sentar. E tremendo só pela pequena parte de carne exposta, descoberta pelo sushi, cruzei meus braços sentindo minha barriga. Observei os epilépticos no salão, sentindo o remédio que corria queimando, tudo caía. Você sobe rápido, e desce mais rápido ainda. É, eu desci sozinha, aquela rua escura, e vazia. Me sentei na escadaria da felicidade, que tantos momentos melancólicos já me deu. Aí eu vi aquela silhueta famosa e querida, que invadiu minha bolha e ultrapassou meus quatro centímetros. "Pode me soltar quando quiser bebê..." "Ih.... então a gente vai ter que ficar aqui para sempre". E me fez por uns instantes de esquecer de tudo... Da paranóia, do medo, e me trouxe um único pensamento á cabeça... Como é bom estar em casa. Home Suit Home.

J

Para S.L.

Ela me disse, "Take it easy, baby. Temos todo tempo do mundo". Para variar, eu não a escutei, "não temos não". Me desculpa vespinha, eu sei que desse jeito o arroz vai acabar queimando... É bom maneirar um pouco as vezes.

"You know it's gonna be all right."

No fundo, miamasvi.
Jack

P.S. Que coisa mais narcisista.
R. Não tem morango?
J. Tem, é tres horas.
R. Parece pessego
J. Pessego é duas horas.
R. [risos]... verdade.
J. E ás quatro?
R. É kiwi....
J. [risos] Kiwi azul!
R. Tudo é meio azul...
J. Imagina se alguem escuta a gente falando isso?


Conversas de café-da-manha.
Digo novamente...
"Pêssegos não devem usar sueter. É uma covardia. Uhm.... nem jaqueta de couro."

Nada mais a declarar.

Cheguei, e me senti cansada, destruída, sem ter o que escrever (então não escreve, porra), mas eu preciso, eu não suporto me despedir de vocês, porque até o boa noite é uma despedida e ele não me conforta como antes, eu não desejo nunca, nenhuma vez ter de voltar para casa. Então não precisam ir, não abrigo nenhuma placa escrita: Vão.
Isso é um sinal de que devem permanecer.
Sou paciente
Mas preciso, só não sei.
Senti tua falta, R. Sempre sinto.

Eu também não suporto a inexistência, ela me aceita tão bem, mas eu preciso, só não sei.

P

17 de julho de 2010

Bem, um brinde ao blog.



Cadeiras.

R.
"Affection is yours if you ask
But first you must take off your mask"

KT
Querida D, não tem nada a ver com inteligência. Pra ser sincera, a gente complica demais mesmo... Fiquei feliz de saber que gostas disto aqui.

R.
"The monsters are buried down deep inside
You never know when they're satisfied
Buried down deep where the sun don't shine
The monsters are buried down deep inside

Wait. Ok.
You gotta look before you go
Deep into the darkness where i hide"

Hurricane Bells

Peter Hayes; who the fuck knows where , when or with whom.

Tamanho não é distância. Mas a distância existe. E é azeda. Muito azeda.

Memória

Cara... Genial.

Será esse o motivo pelo qual finquei meus pés no chão, com medo de ralar de novo os joelhos, ainda que tenha aquela necessidade insanamente poderosa de ser livre, de correr outra vez? Não tenho me movido muito por lembrar de um certo dia em que caí. Há sempre um risco, não é?

Saquei, saquei... Aliás, há muito ouço dizerem que minha memória é muito boa. Deve ser por isso que sou tão interte. Deve?

Tenho dito por aí que "querer é melhor que ter". A ambição, o desejo... É tudo tão... Apetitoso. Já o ter é menos durável. Cheguei a dizer a Jackie que "vale mais a pena querer, porque o ter é tão... Efêmero". Porém, refleti, e cheguei à conclusão de que "querer" e "ter" são completa e inversamente proporcionais.

O querer perdura. Talvez por anos... Mas é mais leve, mais seguro. Acautelado*. Já o ter é feito implosão, e é incerto. Pode persistir por alguns dias — mesmo segundos —, ou, who the fuck knows, por uma vida. Mas ter é mais denso. E arriscado. Deixa marcas (ou, em certas ocasiões, sérios hematomas). Na pele, no rosto, na memória. Foi aí que eu vi, ter é mais relevante para o cérebro/coração.

Bem, você, lendo o tipo de coisa confusa que escrevo, me conhece o suficiente para saber; querer é do meu feitio, porque é coisa de covarde.

Gênio, obrigada. Vamos observar e ver no que dá quando eu atingir meu Eu profundo e tentar arrancar essa tal... Pusilanimidade. Pelo menos ainda posso me gabar por ter um cérebro/coração absortivo.

R.

*Logo eu, preferidno cautela? Contradição minha. Das graves.
Tell me 'bout your magic touch. How 'bout that, my little peach?
— Nossa...
— O quê?
— Esse pedaço de sushi. A cinza voou parecendo neve...



Ah, Jackie, amo você. Grungemo.

R.
"— Você é como um gás nobre que me escapa pelos dedos, e isso eu não vou mais deixar acontecer.
— Ah, é? Por que não?
— Entenda, você é uma artista! Você tem um espírito livre, selvagem!
— Então por que é que você insiste em me domar?
— Por que esse é o destino das almas selvagens! Ela só brilham, hipnotizam, quando tentam lutar para não serem domadas!"

R, tendo ouvido isto em seu tempo de profundo ócio, na TV.
Ela estava correndo. Como sempre, as coisas caindo por onde ele passava. Jackie é a personificação do transtorno para quem olha de longe.
— Psiu!
Ela não virou, é claro.
— Psiu! Ei, menina!
Tudo bem, foi inevitável. Você também não olharia?
— Oi?
— Aqui, ó. Você deixou cair.
Ela olhou aquela mão devolvendo seus R$ 20,00.
"Uau, que formiga legal...", ela pensou.

De vez em quando, somo levados a pensar que o mundo ainda tem salvação...

R.

(desculpa se roubei seu post. É que sei que, depois de hoje, você terá alguns bem melhores... Hm, how u doin?)
— Aí, R de Rudi, eu sei que o show acabou, mas... A gente pode tocar mais uma?
— Claro. O banheiro é na primeira porta à esquerda.
R: Sem todo esse concreto na frente, não seria a mesma coisa...
J: É verdade. É lindo. Entendeu porque meu paraíso mudou de enrereço?
R: (sorriso). Então, quer mais um gole?
J: Não, tô suave.
R: Bebe aí. Eu sei que você quer.
J: É, R... (sorriso). Acho que você me conhece bem demais.

Aceitação

Viu? Nem todos precisam de um encaixe...
"Acho que a minha cor preferida é vermelho..."

É, Jackie. Eu reparei. Vermelho em tudo. Nas tuas roupas, no teu quarto, nos teus lábios, nas tuas unhas... E na maior parte do tempo, vermelho se espalhando pelo teu rosto...

R.
— E aí, meu?
— Ah, tô suave...
— Suave? Não tá a fim de beber alguma coisa?
— Na verdade, eu tô sim. Quero um gole daquela morena ali, ó...

Pelo Amor De Bob Esponja Calça Quadrada

O caroço nunca é a boca. Porque, assim, não seria caroço...

Cara, como é que você chegou a cogitar uma coisa dessas?

Já não havíamos discutido isso antes? O que pega é a insuportável escassez de pêssegos sem caroço que não sejam pêssegos em calda. Pêssegos em calda são doces, mas o que é doce é pura fantasia; já avisei: o que é azedo é mais real.

Faz um negócio? Arranja um pêssego fresco, bem do alto de uma árvore d'um lugar aprazível e pertubarodamente convidativo. Então, simplesmente arranque o caroço (ou, se lhe melhor satisfizer, peça gentilmente que ele se retire, mas isso geralmente não funciona). Provavelmente, aquela coisinha dura bem no meio dele, atrapalhando os macios (ou até mesmo rachados) lábios e línguas, não fará a menor falta. Talvez o próprio caroço nem quisesse estar lá.

Nem todo caroço é compatível com seu pêssego... Ces't la fucking vie. Por acaso, você acha um caroço algo agradável? Bem, quem sabe as sementes de melancia, mas não é bom ficar por muito tempo ao lado delas (benditas cópias originais)... Se o pêssego não for pêssego o suficiente, se ele preferir o caroço, deixe-os os dois — significa que eles se merecem. Só nos resta cafifar algumas coisas, como por exemplo: o destino do bendito caroço não compatível (o que acontecerá com ele? Certamente, apodrecer por aí não é uma boa sina).

Mas, por favor, nunca, nunca, eu disse nunca confunda uma boca com um caroço. Ou, se isso ainda estiver confuso, o tempo ajudará a clarear as mentes para que todos saibam diferenciar corretamente — basta notar que algumas bocas são mais rápidas que outras, só isso. E existem mais de seis bilhões de pêssegos por aí. Ache o seu (ou seus).



E boa sorte nessa jornada, com meu aviso prévio de que não é fácil.

R.

Cara...

Vocês só me disseram o que eu já sabia, e, ainda assim, conseguiram aumentar ainda mais a minha dúvida.

Entendi tudo, e entendi porra nenhuma.

R.

16 de julho de 2010

A. - Meu pai tinha o costume de comprar um jornal que chamava "Notícias Populares", era horrível, minha mãe toda vez dizia:
- Se a gente espremer esse jornal, sangra!

P.
"E toda vez que ele vai ao cabeleireiro, compra alguns chocolates pra gente..."

P sobre o "pe" da C.

Introdução de Pagu e Caju

Tudo começou com essa informação na aula de matemática:
EXACTUS no grego, significa "criador", sendo traduzido para EXATAS.

Conclusões:
Exatas - o estudo do criador, porém, se o criador que nos é "criacionalmente" suposto, não existir, estaremos "evoluindo" para lugar nenhum.

- Não há saída para as dúvidas existencialistas ou a inexistência delas.
- Só há uma evolução, o que sobra é regressão, pois se viver (preservação e destruição) é uma regressão, o fim de cada ciclo terreno é a única evolução.
- Não há relatividade.
- Sendo a regressão um nível e que somos incapazes de fugir, há a possibilidade de exercitarmos essa regressão, mas o nível será sempre o mesmo.

Exemplos;
- Mesmo se não soubéssemos escrever, estaríamos no mesmo nível de regressão que estamos agora.
- A futilidade (como nomeamos o que foge da inteligência "intelectual" (como nomeamos também)), como a não-futilidade, são niveladas a regressão.
- Galilei ao criar o método científico, comparado ao que não criou, automaticamente se nivelaram.
- Não há sentido na terra.
- Há esperança somente no Universo ou no Além.
- Os que fizeram história, seja na ciência, seja no sistema financeiro, etc, eram/são os primeiros a exercitarem a regressão com frequência.
- O que nos diferencia dos outros animais, é a Auto-regressão. Eles estão estáveis, só são mutáveis por causa do ser-humano.

Dúvidas:
- Será que existe alguém que não saiba nada sobre determinada coisa qualquer?
- Mas, há sentido supor a possível saída, se a regressão estará sempre como um segundo coração em cada um de nós?
- Expor descobertas regredidas pessoais, parecendo a solução mortífera da vida, faz algum sentido?


(Não estamos lidando muito bem com isso, rs)

15 de julho de 2010

Bom caroço

-Ah, ta.... Mas e se o pêssego tiver caroço, mas na verdade esse caroço for uma boca?
-Bem... A gente aceita, e fica feliz pelo pêssego ter achado uma boca & língua que o valorize como pêssego...

Ah, Nicolau....

Você é minha Marilha, entende? Aquela das poesias, que me permite ser sentimental e besta.
Esse é o meu romantismo. Talvez seja o único.
Não disse que será sempre assim, sempre não existe para mim.
Só me deixe mante-lo um pouco mais nos meus sonhos, pois dos antigos é o único que me resta.
Desculpe. Falei demais... Mas sei que você não se importa com isso.



Oh, I want to be inside of you.
And you know what that really means.

14 de julho de 2010

Les't Try Again

Actually, my dear, ignorance is bliss, but not exactly when you're talking about love. So let me make myself clear about my last sentences.

Does it make you sick? (I mean, does it make you sick too, as much as I feel sick, in a fair way?)
Yeah... You know, the butterflies in my stomach (because you're too far away from me)? That boredom (because we're not talking fun nonsense like we always do, and I miss that)? That time staring at the phone (when I wish I could call you)?

But it's okay, you're sick too (as much as I am).

0x0

Do you get me? Or is it too sick of me to feel glad about it? (Glad about the fact that you feel the same way, you love me back).

Anyway, the all we all are in. Love.

xxo, R. (Hoping you to understand, 'cause explaining feelings is not the easiest[?] thing)
Minha ignorância me privou de compreender-te, minha pequena.
Espero que me entenda. I love you SO MUCH it makes me sick. Mas é bom. Bom para cacete.
Me perdoe por qualquer sentença mal colocada.

Para Cecília.

13 de julho de 2010

Feliz Dia do Rock (bizarro). Que devia ter caído na sexta.

R.

Frio E Garoa Na Escuridão

Esse chão não é assim, tão confortável, não é? Por aqui é tudo de concreto. Tudo bem, olha essa vista. O desprezível da poluição destacando o adorável das estrelas. O branco vindo, o vermelho indo e o verde sempre impondo a si mesmo, encontrando espaço só nas menores brechas. Ah, São Paulo, odeio você. Amo você. E alguém, tão insano e tão normal quanto eu, deitado ao meu lado, atraindo olhares desconfiados no meio da brisa, observando através da nuvem de poeira o que se poderia ver em qualquer outro lugar — mas não com tanta nostagia e reminiscência —, parece sentir o mesmo. Obrigado pela falta de abrigo.

R.
Tonight I'm gonna tease my chemistry.
"— Bom dia.
— Bom dia. Tá coradinho. Como foi ontem?
— Ontem?
— É.
— Hm. Eu tive uma noite inteira de... sono.
— Ah.
— Você podia tentar uma dia desses. Recarregar a bateria, sabe como é.
— Você quer dizer... Dormir durante uma noite toda?
— Sim.
— Que disperdício.
— Talvez. Pode ser bom.
— Só se for com a sua mãe.
— Eu não tenho mãe.
— Exatamente."

R.

"Sorry. I know you're going through a tough spot. I really am trying not to be too much of an insensitive jerk, but, since that's sort of my natural state..."

Em.
"Ou seja, somos absolutamente todos ridículos e fascinantemente normais. Sempre. Urbana Legio Omnia Vincit"

Talvez, R de Rudi.
Does it make you sick?
Yeah... You know, the butterflies in my stomach? That boredom? That time staring at the phone?

But it's okay, you're sick too.

0x0

Do you get me? Or is it too sick of me to be glad about it?



Anyway, it's all we all are in. Love.

R.

Calor Feliz

"Hello, Is there anybody in there?
Just nod if you can hear me
Is there anyone at home?
Come on now
I hear you you're feeling down
Well, I can ease your pain
And get you on your feet again
Relax, I'll need some information first
Just the basic facts
Can you show me where it hurts?..."

"(...)Now I've got that feeling once again
I can't explain, you would not understand
This is not how I am
I have become comfortably numb. I have become confortably numb."



Aconteceu de novo. Aquela sensação estranha. Aquela falta de sentidos, dos sentidos. Amnésia acelerada.
Mas dessa vez foi mais rápido. E não cessou a dor. Me desculpem Drugues, mas parece que ainda prefiro ficar consciente, e eu já cansei de compreender minha tia. Se lembram?
Ai, Sintemesque.....
"Odeio pessoas que se levam a sério."
M.

11 de julho de 2010

Somos quem podemos ser.
Sonhos que podemos ter.
Somos quem queremos ser.
Só não vai pensar que é um super-herói e tentar voar.... Você pode acabar com um joelho roxo... ou dois. (Experiência própria).

Jack.
Na despedida ela escreveu me respondendo.
-More than I can stand, about to explode ._. .
E minhas mãos - sempre tão mais lerdas que minha mente - não conseguiram completar....
-.... So much it makes me sick.

J para R

love u, my dear.

A Lista Que Caju Pediu

Hardest Of Hearts, Florence And The Machine
Ain't No Easy Way, Black Rebel Motorcycle Club (visit their official web site, they have awesome pics, peaches...)
Closer To The Edge (Music Video), 30 Seconds To Mars
Kiss Me Deadly, Lita Farofa Ford
Superpowerless, The Kills
Hollywood Bowl, Band Of Skulls
Keep Me Warm, Ida Maria (dedicated to you, droogies)

Aproveita pra lembrar de mim, sentir-me mais perto quando eu estiver (fisicamente) longe.

R.
Putz, já adoro o Sparrow, venero Depp, se aparece um pêssego desses cantando Renato na minha frente... Dane-se o caroço. "Puta (milagrosa) que o pariu".

Tenho dito, R.
Valeu, Supertramp. Entendo melhor a cada dia porque "a felicidade só é real quando compratilhada".

É porque alimento pra cabeça só mata a fome alheia.

R.

hopi bosta hari

Pega fila (coisadepaulista), carimba a mão, se depara com um Jack Sparrow apontando para tua camiseta na qual tem uma foto do Renato Russo e cantando mexendo aquelas mãos cheias de anéis:
"Credi c'è una forza in noi amore mio, più forte dello scintillio, di questo mondo pazzo e inutile..."
La forza della vita, conhece gracinha?
- Equilíbrio Distante né?
- Isso, certíssima...

Ah pêssego, aquele preço tão caro no final da fila, tão compatível a qualidade depois da catraca, canta só mais um pouquinho, foto pra que? Equilibrio realmente distante...

P.
E por uns instantes eu parei de respirar... Aí eu pensei:
"Fodeu, adeus mundo cruel, que maneira de morrer.... Cacete! não... eu tenho que ir pro diva's na sexta!"

J

É minhas Druguinhas voltei porque eu tinha que ver vocês em casa mais uma vez.... ( e mais algumas coisas também)
haha

Boa noite, vou tomar mais cuidado, não se preocupem.
Ah, que gostoso. Grão de bico.

Idiota, e a alergia?

Inchei. Ar, ar... Preciso de ar!

Puta que pariu, não posso morrer agora! Eu tenho um show para ir com meus drugues na sexta!

R, sobre Jack, a anta que come o que vê pela frente.

Porra!

To cansada. To cansada para cacete. E o problema é que eu não tenho idade pra isso, ainda bem que não trabalhamos com números....

Porque que a gente faz isso? Falta de ar não é legal, tremedeira não é bom... E quando a dor chega de verdade, vemos que não somos porra nenhuma. Então porque? Nos enganamos, e nos desculpamos, mas não é certo.
Como já disse algumas vezes... As pessoas quando sentem alguma coisa errada, vão no médico, fazem exames, tomam remédio.... Mas não, eu tenho que "curtir" isso.... Porque a tontura é o maior barato, e eu gosto, dos ossos, da fraqueza....
Eu sei que reclamar não vai mudar nada... E eu não vou mudar... E nem parar.

Não sei vocês... Mas essa brincadeira de "até onde você vai" não ta me dando nada além de alguns engasgos, muito resfriado, e dor de cabeça.

Porra... Eu não to feliz.... Talvez seja isso.
— Hm, eu não quero esse. Eu gosto de sorvete só branco.
— Só branco, de creme?
— É.
— Mas esse é de creme. Só tem cobertura de morango.
— Mas eu não gosto.
— Você não vai comer?
— Não. Eu quero aquele outro de morango. O rosa.
— Esse é de morango. É só misturar.
— Mas eu não quero sorvete.



Ah, bebê, você é esperta demais pra sua idade. Com esse tamanho, já tirando com a minha cara...

R.
"It's easy to fall in love
When you fall in love
You know you're done

You got easy eyes to hunt
When the world above needs your blood
And cold vain to the richest man
They're paid away to steal our hand

But there ain't no easy way
No, there ain't no easy way out"

BRMC



Caras, as músicas de vocês tem uma pegada quase sexual que não me deixa dormir.
"— Um Mocha quente pequeno, por favor.
— Mocha... Quente. R$ 7,50.
— Aqui.
— Qual o seu nome?
— É Ana.
— Tudo certo. Muito obrigado, Ana."

Ah, pêssego, você devia estar na minha vida.

De R. Para R.

Ei, vem sentar aqui comigo? Aqui, nessa praça, ao por do sol, ou em qualquer cadeira desse boteco em que paramos para ouvir o bom e velho rock 'n roll e berber alguma coisa. Talvez você peça uma Heineken, ou uma tequila; talvez acenda um cigarro... Ou talvez esteja de saco cheio de puxar essa fumaça. Talvez fale do último livro que leu, ou do último filme que viu. Não importa. O que importa que você está aqui comigo. Seu sorriso, seus silêncio, suas tiradas, sua inteligência, seu olhar, suas lágrimas, seu ponto de vista, seu mau humor, seu carinho, suas palavras, seu abraço que me envolve... Fazendo assim meu mundo girar devagar. Tudo pelo prazer de me presentear com seu sorriso. Amo você.



De R, de Rudi, para R, de Rivotriller.


Eu também amo você.

10 de julho de 2010

"Some people believe in God, I believe in music.
Some people pray, I turn up the radio"

Who The Fuck Knows

8 de julho de 2010

"You can't be too careful anymore
When all that is waiting for you
Won't come any closer
You've got to reach a little more"



Parome
João Gilberto é hard core perto delas!


(rsrsrs)

V.

"Porra cara, eu te achava genial... Acho que ainda acho... ou não... acho que sim."




O maravilhoso poder da comunicação. Uma pessoa de muitas palavras e opiniões.
"Filha você esta desaparecendo!"
Vou dizendo na sequência bem cliche.... Eu preciso de você.


De Jack para Pamonha

obs: Eu sou o plural de vocês... haha

6 de julho de 2010

More, Whatever Happened...


Entramos naquela porra. Tava cheia de gente, gente querendo nos ouvir. Todos os 135 minutos passaram como apenas segundos, enquanto eu não me sentia acima, mas ao lado daquela gente toda. Luzes, cordas, sopros, cigarros, baquetas...


Os minutos acabaram. E aí? Eu queria mais.









É isso aí; eu tive mais. Nada como um palco improvisado e um violão. De qualquer maneira, não cantei sozinho.


(Actually, 2008)



R, dazzled.

Review

Depois de todas essas lembranças das quais não participei, dessas ideias que não tive, desses abraços que não dei, desse espaço que não ocupei, vê-las-hei mais uma vez.

Pouca coisa me deixa tão feliz.

Mi amas vi, R.
Havia uma janela diferente da minha naquela casa.
Mais pessoas e lindas vistas amanhecidas.
Naquele bater do relógio, estavam três meninas e um homem na mesa.
Um esquilo despertou as vistas sensíveis.
- Põe o óculos Pagu.
Eu não lembro se respondi, mas vocês estavam vendo por mim.

P.

John said

"Come não filha, é melhor não. Você ta precisando de regime.... Vai lá na janela fumar com o B., vai..."

Ah... Pai, se você soubesse...
"- Porra mãe, então ta, eu vou embora...
- HAHA, vai... Eu sei que você vai sair daqui e ir para casa das suas amigas, ou da .... Mas filha, você tem ir, ir mesmo. Pé na estrada à luz do luar... Mochila nas costas. Merda, esquece, preciso para de ler isso... veio um espírito on the road em mim."

Para não mãe, faz bem um pouco de Kerouac de vez em quando...

Dreads

Não tem segredo:
1. Desfie o cabelo com um pente fino.
2 . [Se quiser] Dê uma enrolada...
3. Pegue uma agulha de croche... [nem muito grande nem muito pequena] rsrs
4. Ponha a agulha no cabelo [comece perto da raiz]
5. E sei lá... finge que tá costurando o cabelo.... rsrs [Ele vai tomando o formato sozinho]
6. Boa sorte


obs.Espero que você não foda teu cabelo como eu fiz....


Mesmo você não me escutando e querendo fazer isso sozinha. Mi amas vi.
Jack para Pagu.

Para M.

Naquela noite fria, você me esquentou. No embalo da rede, me aninhou - feito um bebê -embalando meus sonhos. Aquele colo tão conhecido me deu forças para dormir. Escutando teu coração me senti viva e pulsante. Sei que exagero na sentimentalidade, mas como sabe, são os tempos. Teus macios e gelados dedos massagearam minha testa, numa inútil tentativa de cessar minha dor. Luto para me manter uma pessoa perante a ti, porque cópia basta para eles. Queria conversar como antes, e te entender como antes. Mas enquanto não consigo, vamos ficar assim, no embalo da rede sem dizer nada, só nos mantendo acordadas e quentes.

Amo-te.

J
Nossa romântica visão d'um futuro se perdeu, aquela de noites quentes, acordes e cartas. As ferrovias se fecharam, e os trens se perderam no caminho. Os botecos faliram e nossas noites rabiscadas em sua mesas se foram. Lembranças tantas que guardo sem serem minhas, e que me remoem. Sonhos de épocas alternadas. Porque se tudo der certo, viramos beats dos anos 40, andarilhos, punks, poetas do romantismo, reis feudais ou camponeses franceses no século XVIII. Tudo que não somos.
Meu paraíso mudou de endereço.
Minha saudade trocou de nome.
O sonho acabou, quem não dormiu no sleeping-bag nem sequer sonhou. O sonho acabou, foi pesado o sono para quem não sonhou. Dormi... e acordei, desmontamos acampamento, e partimos.
Os muros não são mais tão feios...
Pois a serra já não dói mais tanto.

Jack Tequila

Teste cardiovascular

Mesmo você não querendo me ensinar como fazer um mísero dread, mi amas vi.


Pagu para Jack