6 de julho de 2010

Para M.

Naquela noite fria, você me esquentou. No embalo da rede, me aninhou - feito um bebê -embalando meus sonhos. Aquele colo tão conhecido me deu forças para dormir. Escutando teu coração me senti viva e pulsante. Sei que exagero na sentimentalidade, mas como sabe, são os tempos. Teus macios e gelados dedos massagearam minha testa, numa inútil tentativa de cessar minha dor. Luto para me manter uma pessoa perante a ti, porque cópia basta para eles. Queria conversar como antes, e te entender como antes. Mas enquanto não consigo, vamos ficar assim, no embalo da rede sem dizer nada, só nos mantendo acordadas e quentes.

Amo-te.

J

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