6 de julho de 2010

Nossa romântica visão d'um futuro se perdeu, aquela de noites quentes, acordes e cartas. As ferrovias se fecharam, e os trens se perderam no caminho. Os botecos faliram e nossas noites rabiscadas em sua mesas se foram. Lembranças tantas que guardo sem serem minhas, e que me remoem. Sonhos de épocas alternadas. Porque se tudo der certo, viramos beats dos anos 40, andarilhos, punks, poetas do romantismo, reis feudais ou camponeses franceses no século XVIII. Tudo que não somos.
Meu paraíso mudou de endereço.
Minha saudade trocou de nome.
O sonho acabou, quem não dormiu no sleeping-bag nem sequer sonhou. O sonho acabou, foi pesado o sono para quem não sonhou. Dormi... e acordei, desmontamos acampamento, e partimos.
Os muros não são mais tão feios...
Pois a serra já não dói mais tanto.

Jack Tequila

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