17 de julho de 2010

Pelo Amor De Bob Esponja Calça Quadrada

O caroço nunca é a boca. Porque, assim, não seria caroço...

Cara, como é que você chegou a cogitar uma coisa dessas?

Já não havíamos discutido isso antes? O que pega é a insuportável escassez de pêssegos sem caroço que não sejam pêssegos em calda. Pêssegos em calda são doces, mas o que é doce é pura fantasia; já avisei: o que é azedo é mais real.

Faz um negócio? Arranja um pêssego fresco, bem do alto de uma árvore d'um lugar aprazível e pertubarodamente convidativo. Então, simplesmente arranque o caroço (ou, se lhe melhor satisfizer, peça gentilmente que ele se retire, mas isso geralmente não funciona). Provavelmente, aquela coisinha dura bem no meio dele, atrapalhando os macios (ou até mesmo rachados) lábios e línguas, não fará a menor falta. Talvez o próprio caroço nem quisesse estar lá.

Nem todo caroço é compatível com seu pêssego... Ces't la fucking vie. Por acaso, você acha um caroço algo agradável? Bem, quem sabe as sementes de melancia, mas não é bom ficar por muito tempo ao lado delas (benditas cópias originais)... Se o pêssego não for pêssego o suficiente, se ele preferir o caroço, deixe-os os dois — significa que eles se merecem. Só nos resta cafifar algumas coisas, como por exemplo: o destino do bendito caroço não compatível (o que acontecerá com ele? Certamente, apodrecer por aí não é uma boa sina).

Mas, por favor, nunca, nunca, eu disse nunca confunda uma boca com um caroço. Ou, se isso ainda estiver confuso, o tempo ajudará a clarear as mentes para que todos saibam diferenciar corretamente — basta notar que algumas bocas são mais rápidas que outras, só isso. E existem mais de seis bilhões de pêssegos por aí. Ache o seu (ou seus).



E boa sorte nessa jornada, com meu aviso prévio de que não é fácil.

R.

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