17 de julho de 2010

Memória

Cara... Genial.

Será esse o motivo pelo qual finquei meus pés no chão, com medo de ralar de novo os joelhos, ainda que tenha aquela necessidade insanamente poderosa de ser livre, de correr outra vez? Não tenho me movido muito por lembrar de um certo dia em que caí. Há sempre um risco, não é?

Saquei, saquei... Aliás, há muito ouço dizerem que minha memória é muito boa. Deve ser por isso que sou tão interte. Deve?

Tenho dito por aí que "querer é melhor que ter". A ambição, o desejo... É tudo tão... Apetitoso. Já o ter é menos durável. Cheguei a dizer a Jackie que "vale mais a pena querer, porque o ter é tão... Efêmero". Porém, refleti, e cheguei à conclusão de que "querer" e "ter" são completa e inversamente proporcionais.

O querer perdura. Talvez por anos... Mas é mais leve, mais seguro. Acautelado*. Já o ter é feito implosão, e é incerto. Pode persistir por alguns dias — mesmo segundos —, ou, who the fuck knows, por uma vida. Mas ter é mais denso. E arriscado. Deixa marcas (ou, em certas ocasiões, sérios hematomas). Na pele, no rosto, na memória. Foi aí que eu vi, ter é mais relevante para o cérebro/coração.

Bem, você, lendo o tipo de coisa confusa que escrevo, me conhece o suficiente para saber; querer é do meu feitio, porque é coisa de covarde.

Gênio, obrigada. Vamos observar e ver no que dá quando eu atingir meu Eu profundo e tentar arrancar essa tal... Pusilanimidade. Pelo menos ainda posso me gabar por ter um cérebro/coração absortivo.

R.

*Logo eu, preferidno cautela? Contradição minha. Das graves.

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