24 de outubro de 2010

Pagu, suas cordas não eram novas, eram?

Estourei a corda Ré do Baby, o violão da Pagu. "Ah, tudo bem, ela já estava bem velha", ela disse. Então fomos direto ao Zappa, a casa da ovelha que fica em frente a nossa casa. Compramos cordas Giannini e fomos até a cozinha onde Baby estava, desmembrado.
Pagu tentava inutilmente tirar os pinos das cordas com uma colher, mas isso um dia machucaria Baby gravemente e já que uma banda ia tocar na nossa sala de estar, achamos um instrumento mágico, uma espécie de manivela, que não tem nome (na verdade, ele provavelmente tem um nome, mas Ganso, guitarrista que nos emprestou, não deve saber) e conseguimos tirar todos os pinos suficientemente rápido.
Ficamos lá, removendo, trocando, segurando, manivelando, testando... E percebi como não é preciso muito para um momento não necessariamente feliz, mas agradável (afinal, ser feliz o tempo todo não tem a menor graça. Ser feliz o tempo todo é completamente banal). Porém, para um momento agradável, basta uma banalidade — como estar parado sabendo que não há necessidade de correr; sentar de frente para alguém e saber que não há necessidade de dizer uma só palavra; ou quando, ao comer batatas fritas, um olhar na direção de seu amigo basta para ele trazer a mostarda e sentar-se ao seu lado.

R.

PS: Agora que somos experts em trocar cordas de violão, vamos passar para a próxima fase, não, Pagu? Agora precisamos aprender a tocar; não é só porque nos perguntam se temos uma banda de rock no ônibus que é só dar pinta por aí — me recuso a tocar com playback.

Um comentário:

  1. R. diz enquanto segura o baby: Pagu, prefiro ficar do outro lado...

    Não podemos esquecer o formato daquela coisa!

    P.

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