10 de outubro de 2010

J.E,

Não acho nem um pouco estranho que goste de fazer o que faz... Mas eu sou supeita pra falar.
Muita gente me pergunta: "Mas e aí? Vai morrer de fome? Vai dar aula? Vai traduzir, revisar?"
E eu faria cada uma dessas coisas, ou todas elas. Coisas complicadas que não o deveriam ser.
Esse reconhecimento que você citou também é um combustúvel muito potente — é sim o mais importante.
Só tem uma pedrinha no sapato: é algum fulano diluindo seu combustível com burocracia. Mas ele sai perdendo, já que nem isso lhe tira o prazer...

Só quis dizer que entendo.

R.

defuntoautor.blogspot.com

PS: ficamos todas com inveja desse suco/água/refrigerante. Ex-alunas têm direito também?

5 comentários:

  1. Por mais que queiramos, não conseguimos nos distanciar do incômodo que essas perguntas causam. "O que você vai fazer com esse diploma?", "Sei lá, comer, com ele, sua mãe e sua família inteira (o cãozinho incluído)!"
    Ao fim e ao cabo, querem-nos princípes de uma realeza que eles mesmos não têm.
    Por que não nos deixam, simplesmente, nos fodermos em paz? Que fracassemos, mas que o fracasso seja nosso. Também fracassaríamos e teríamos êxito como médicos (se é que Deuses fracassam).
    Desculpe-me se usei de linguagem grosseira, mas, assim como você disse me entender (e é bom, às vezes, não se mirar no abismo), também entendo você e, por isso, me irritam aqueles que querem, de alguma forma, dizer o que você tem de fazer. Ouvi, muitas vezes, as mesmas coisas e não tive coragem de reagir (talvez até hoje eu ainda não reaja).
    Desejo-lhe, sem pieguismo, sorte. E, também, que seu combustível queime duradoura e intensamente mais que o meu.

    P.S.: Que tal um "doglesa" para acompanhar o refrigerante?

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  2. É a tal da carreira. Só funciona se for pra dizer: "Ah, meu filho é arquiteto"; "Minha irmã é engenheira". E aí ficam naquelas de "Ai, é isso que você vai fazer da sua vida?". Bem, "é minha vida, não é?"
    Quanto à linguagem grosseira, como diria a bendita da Dercy, "condomínio" é palavrão, assim como "mensalão". Mas reação, até hoje, não mudou a cabeça de nenhum dos intrometidos que conhecemos. Foder-se sem dar satisfação a ninguém é simplesmente mais eficiente.
    A respeito da sorte, aceito-a, apesar de toda a descrença que tenho — que temos — cultivado por aqui.

    R.

    PS: Nós da Tertúlia achamos que um "doglesa" está ótimo, mesmo tendo Jackie e Pagu vegetarianas. Afinal, fazendo jus ao nome deste blog, sanduíches só são importantes se realmente há alguém com muita fome...

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  3. Perfeito. Até mais e Boa Noite.

    Tertúlia

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