Logo você, que é tão você. Esquecida? Não pelos que importam, certo, certo? Consegue enxergar-se direito? Não do jeito que a vejo, mas como realmente é?
Sim, sim, seu sei; há sempre tudo e nada sobre o que reclamar. Há sempre um Tyler sobre quem reclamar. Mas nem sempre um Tyler é Tyler. Sabe, não sabe? A velha história de pêssegos que se acham pêssegos e por isso não são verdadeiros pêssegos. E quanto a marcar-se, sei bem que ver escorrer o sangue faz escorrer na língua a lânguida saliva, "faça o que tu queres pois é tudo da lei".
Não, não. Mudei de ideia. Quase tudo é da lei. Ficar longe demais não é da minha lei (hm, dei para criar leis agora; eu, que sou tão eu, e sempre tive problemas com leis e com quem as cria, simplesmente como você. Porém, convenha que essa minha lei é coerente, não acha?) — você será sempre suficiente aqui, e se não for suficiente para você, a gente inventa outra cousa, porque, afinal, realmente sumimos muito facilmente, não é? E lá em casa esse negócio de oco e enjôo eterno vai embora, certo, certo? Quanto a futilidade, que futilidade? Desculpe ser assim, tão eu, tão sentimental, mas dou a vida por qualquer pensamento teu que não faça juz a riqueza externa alguma.
Aqui, a ler suas palavras — que me sangram a boca — sei que já estamos acostumados ao sabor do sangue na boca, não é mesmo? Vamos nos calejando da maneira mais difícil sem saber se algum dia haverá recompensa. Você, que é tão você, era tão saudável e feliz, penso eu. E agora que está mais acordada que nunca, imagino se não teria sido melhor apenas observar e cuidar sem tocar para que não tivéssemos de sofrer com toda essa exposição. E, bem lembrado, você nunca esteve realmente dormindo.
Ainda ouço os estalos que você faz ao telefone, vejo as cenouras da sua cabeça, sinto aquele instinto animal/maternal e lembro-me das longas trocas de palavras estendidas e de simples olhares que nem delas precisaram. Defendemo-nos com garras e, se me preocupo, é porque sei que tenho algo (valioso) a perder.
De repente, não mais que de repente, mi amas vi. Stand by me.
Obrigado pela atenção,
Tertúlia
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