17 de junho de 2010

A todos tenho a declarar que passaram-se os vagões do trem. Assim percebi meu reflexo. Um só em todos os vidros corridos, em todas as pessoas , em todos os poucos espaços vazios que sobravam, em todos os casacos, barbas, cabelos, bocas, olhos. Me diz Caju, o que pensa disso?
Ser alguém em todos,ou todos em um só. Me vi grande em você, alcançou em cheio meu mel e minha ferida.
Descobri convergência entre nós dois, burgueses e poetas, dentro de seus respectivos graus. Para além da alma e das palavras somos rendidos, incapazes contribuir para o contínuo buraco negro do mundo.
Eu olho pras estrelas e vejo. Nos vejo trocando olhares,mantendo a ponte e derrubando-a com enchentes torrenciais.
Nosso sangue é negro, branco, amarelo e vermelho, nobre por todo o mundo, amando todo o amor que houver nessa vida! Canto pelo inferno e céu de todo dia, pra poesia que a gente não vive, por todos que escracham e depois aconselham. O resto deixa pra lá!
A tua pergunta tenho resposta caro amigo;
Que cor é o amor? É branco.

De Caju, Para Caju

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