12 de dezembro de 2010

remember, remember...

   As portas do boteco todas abertas e a brisa tênue da noite davam a todos a liberdade para fumar beber água álcool. Os becos davam um ar de amanhecer próximo do qual todos fugiriam para debaixo do lençóis o bar mais próximo assim que se acabassem o suor das garrafas, dos copos e risos caídos, o sóbrio e a aguardente. A banda estava prestes a começar quando todas chegaram cheias de abraços de cupcakes de sede e umas das outras.
   Chegava gente e mais gente e mais. Chegaram então conhecidos; um conhecido, sempre vítima de pensamentos e lascas romanas, e o outro, até ali, vítima do anonimato.
   Apresentações, muito prazer, olá, boa noite, como vai; G. chega a T.
   — T, é ele?
   — Sim, é ele.
   G. então é toda apneustia e pequenez a encarar o chão de olhos arregalados, de descrença arregalada, de vida murcha, culpa e avidez. G. então é toda o não inominado.


...the 10th of December.


R.

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