6 de dezembro de 2010

Revele o que sentiu quando eu o adiei. Um segredo de auto retrato. A árvore que se escondia das flechas. As épocas que marcaram seus sonhos. As noites que você ajudou a fugir. A lâmpada que nunca ascendeu. A guerra que tardou. O animal que te compreendeu. O conselho que não quis ser aceito. As plantações que não colheu. O livro que comprou por estar velho. O aparelho que devolveu tua batida. O código que te revelou. O poço que ainda procura. A gravata que não sai do bolso. Porque rejeitou a penumbra. O buraco envelhecido que martelou. O solo que terminou. O abrigo que esqueceu. O auto falante que estourou. A sujeira que espantou. O grito desnutrido. O ante braço marcado. A garrafa desonrada. O que não foi de ninguém. O sonhos que acordaram. O chamado que só ecoou na sala com ovos. O que todo mundo tem. A agulha que não voltou. A carona que deu ao peixe. O pingente que foi pra longe. A língua que nunca mais molhou.


P.

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