20 de novembro de 2010

thanks, boris

Esse querido, do filme Whatever Works, do Woody Allen, explica a falta de mudança nessa bostinha.
— Não é a ideia por trás do cristianismo que critico, nem do judaísmo ou qualquer outra religião, e sim os profissionais que fazem disso um negócio. E esse negócio de Deus dá dinheiro, uma nota preta.
— Vai começar...
— Já sabemos, Boris.
— Ei, os ensinamentos de Jesus são bem bonitos, assim como era a intenção original de Karl Marx. O que poderia dar errado? Todos vivendo em igualdade. Fazer pelos outros, democracia, o povo no governo... São ótimas ideias, todas elas, mas todas sofrem de uma específica falha fatal.
— E qual é?
— Todas elas são baseadas na ideia falaciosa de que as pessoas são, essencialmente, decentes. "Dê a elas a chance de fazer o certo e elas o farão. Elas não são estúpidas, egoístas, gananciosas, covardes e pequenas".
— Elas fazem o que podem.
— É, fale por você mesmo, Boris.
— Só estou dizendo que as pessoas fazem a vida ser pior do que é. E, acredite, já é um pesadelo sem a ajuda delas. Mas, no geral, lamento dizer, somos uma espécie fracassada.

PS: A diferença é que R de Rudi não precisou me dizer quão decente as pessoas não são.

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