27 de novembro de 2010

"Lola...


— Não deixaria que morresse.
— Sim, mas... E se eu tivesse uma doença grave?
— Acharia a cura.
— E se estivesse em coma e tivesse só um dia de vida?
— Eu o jogaria no mar: terapia de choque.
— E se eu morresse assim mesmo?
— O que você quer ouvir?
— Vamos, diga.


— Sei lá. Pergunta idiota.
— Sei o que faria. Você me esqueceria.
— Nunca.
— Mas é claro que sim. O que mais poderia fazer? Claro, você ficaria de luto por algumas semanas. Não seria má ideia. Todo mundo com pena, chocado. Tudo tão triste e todos com dó de você... Poderia mostrar como é forte. "Que grande mulher!", diriam. "Ela aguenta a barra ao invés de chorar o dia todo". E de repente aparece um cara legal, de olhos verdes. E eles é super sensível, a ouve, a conforta. E você pode dizer a ele como as coisas são difíceis pra você e que você tem de se cuidar e não sabe o que vai acontecer e blá, blá, blá. E aí você pula no colo dele e me corta da sua lista. Assim será.
Manni...
— Sim?


R, que gostou desse filme.

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